Novas receitas viram desafio para campeão Palmeiras

O Palmeiras deverá liderar a lista de times mais ricos do Brasil nesta temporada, após conquistar mais um título brasileiro. Estádio moderno, bilheterias altas e patrocínios fortes formam o momento único em que vive o time paulista. Agora, o clube terá que olhar para o futuro para manter o domínio no futebol brasileiro, na busca por novas receitas e maior sustentabilidade possível. Neste século, os dois principais rivais do time, Corinthians e São Paulo, já estiveram em situação idêntica e fracassaram na missão.

O principal desafio está na dependência em relação à Crefisa. Hoje, o grupo de Leila Pereira é responsável por quase R$ 100 milhões anuais, o que representou mais de 20% da receita do clube em 2017. E o problema é que o Palmeiras não tem conseguido novos parceiros fortes sem a exposição no uniforme. Hoje, com a exceção de contratos menores, o clube tem apenas a empresa e a Adidas como parceiros comerciais.

Foto: Reprodução / Twitter (@Palmeiras)

Outro desafio do Palmeiras é manter o crescimento do sócio-torcedor, um projeto que parece ter chegado ao seu limite. Hoje, o clube é um dos líderes do segmento, tanto em número de associados quanto em faturamento. O crescimento, por outro lado, parece ter ficado para trás. Segundo o Movimento por um Futebol Melhor, a equipe tem 130 mil membros, número levemente superior ao de 2017, em temporada em que o time não conquistou nenhum título.

Por outro lado, com a boa fase dentro de campo, o Palmeiras tem aproveitado para vender mais produtos licenciados. Segundo a Meltex Franchising, a loja do time dentro do Allianz Parque apresentou um crescimento de 40% dos artigos vendidos na reta final do Campeonato Brasileiro deste ano.

A Meltex, que administra as lojas do clube paulista, coloca três fatores primordiais para o crescimento, além do bom momento vivido pelo time. Proximidade do Natal e aumento da oferta de produtos são dois desses pilares. O terceiro está no fechamento das ruas do entorno do Allianz Parque. Segundo a empresa, a medida diminuiu a venda de produtos piratas ao redor da arena e focou o consumo dos torcedores para a loja oficial do Palmeiras, dentro da estrutura da agremiação.

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O desafio de se manter no topo parece mais simples do que é. No início da década, o Corinthians era o time mais rico, com a generosa parceria da Hypermarcas. Nos anos 2000, o São Paulo estava na vanguarda do licenciamento de marca. Ambos eram os mais ricos, e hoje perdem o posto para o atual campeão brasileiro.

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