Novo patrocínio do São Paulo pode ir parar na Justiça

Aidar, de cinza, usa camisa da Under Armour em jogo do São Paulo

O novo fornecedor de material esportivo do São Paulo poderá ser definido pela Justiça. E, no fim das contas, não seria Penalty nem Under Armour que iriam fabricar os uniformes do clube, mas a Puma.

Na última semana, o São Paulo deixou encaminhado um contrato com a Under Armour. A marca entraria no lugar da Penalty, atual fornecedora, a partir do Brasileirão, em maio. Apenas alguns detalhes separam o clube e a Under Armour de um anúncio oficial. E um desses “detalhes” pode ser responsável por levar o caso à Justiça. Em setembro, o São Paulo havia negociado com a Puma e assinou um termo de compromisso de fechar com a fabricante alemã a partir de 2015.

 À época, a empresa negociava havia um ano para substituir a Penalty. Chegou-se até a definir que a Puma pagaria a multa rescisória para que o contrato passasse a vigorar já em janeiro.

O negócio esfriou, mas o pré-contrato continua vigente, segundo apurou a Máquina do Esporte com fontes ligadas ao negócio. O contrato é assinado por Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, e Fabio Espejo, CEO da Puma.

 

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Esse documento pode ser usado pela fabricante para acionar a Justiça e fazer valer o direito de vestir o São Paulo em 2015. Para isso, porém, a Puma precisa esperar que o acerto do clube com a Under Armour seja oficializado.

São Paulo e Puma não foram localizados pela reportagem para comentar sobre o assunto. Na tarde de quarta-feira, Aidar, em entrevista coletiva, admitiu que havia tido bastante conversas com a Puma, mas que “as condições comerciais não foram as melhores”. O acordo teria sido intermediado pela namorada do dirigente, que receberia 20% de comissão pelo contrato.

A Under Armour negou que já tenha assinado com o clube, mas admite que negociou com a diretoria são-paulina.

Se a esfera jurídica for acionada, será a segunda vez que um patrocínio do São Paulo terá de ser definido pela Justiça. Em janeiro de 2003, o clube fechou com a Siemens e rompeu com a LG, que retomou o acordo na Justiça fazendo valer uma cláusula de preferência de renovação de contrato. A parceria com a empresa de eletrônicos coreana seguiu até 2008, quando o clube não renovou o patrocínio.

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