A dois dias do anúncio da sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a campanha de Chicago se divide entre as imagens do protesto de moradores locais contra a candidatura e o glamour do time de celebridades, capitaneado pelo presidente Barack Obama, que desembarca em Copenhague para apoiar a realização do evento. Obama é o principal rosto do projeto norte-americano, que prevê gastos de US$ 3,8 bilhões para a construção de arenas e melhorias na infraestrutura da cidade, além de um fundo de US$ 450 milhões para contas imprevisíveis. A comitiva de personalidades conta ainda com nomes como a apresentadora Oprah Winfrey, a ex-ginasta Nadia Comaneci e o ex-jogador de basquete Michael Johnson, entre outros. A oposição à realização da competição, por sua vez, é chefiada pelo grupo ?No Games?, criado para argumentar contra a utilização do dinheiro público no evento esportivo. Em cartazes espalhados pela principal cidade do estado de Illinois, os manifestantes dizem ?Precisamos de melhores hospitais, moradias, escolas e trens. Brigue, fale alto, proteste, cale a candidatura de Chicago. Eles jogam, nós pagamos”. De acordo com o relatório do Comitê Olímpico Internacional (COI), o índice de aprovação à candidatura é de 67% em Chicago e 61% nos Estados Unidos, inferior ao do Rio de Janeiro e Madri, com 85%. Além da falta de respaldo, pesam contra a proposta o excesso de sedes temporárias, incluindo o estádio olímpico, e a memória recente da realização das Olimpíada de Atlanta, em 1996. A terceira cidade mais populosa do país oferece um projeto que gira à margem do lago Michigan, em que a maior parte das instalações estarão situadas em cinco parques urbanos. O diferencial em relação às outras candidaturas é o papel da água no desenvolvimento do evento. Três dos quatro núcleos esportivos estarão situados ao redor do lago, em um raio de oito quilômetros. A vila olímpica abrigará 90% dos atletas a menos de 15 minutos dos locais das provas e será transformada, independentemente da decisão do COI na próxima sexta-feira, em um complexo residencial a preços acessíveis. Em relação à capacidade hoteleira, Chicago conta com mais de 57 mil hotéis, além do segundo maior centro de convenções do mundo, o McCormick Place, que receberá o centro de imprensa. ?Se você quer ter uma cidade internacional, não há lugar melhor que Chicago. Trata-se da casa de pessoas de mais de 130 países, que falam mais de 100 idiomas diferentes”, disse Obama em um de seus últimos discursos sobre a postulação de Chicago aos Jogos de 2016. “É a cidade de grandes corações e sonhos, uma cidade de figuras lendárias do esporte, de lugares históricos e com vários fãs. Uma cidade como a própria América, onde todas as raças, religiões e nacionalidades se reúnem e alcançam seus sonhos”, discursou o presidente norte-americano. Também pesa a favor de Chicago a transparência da candidatura. Toda bancada por recursos privados, o projeto é o que mais fornece informações financeiras, incluindo os salários de 11 dos principais executivos do comitê organizador, conforme reportagem publicada na ?Folha de S.Paulo? na última segunda-feira. O custo total da campanha ficou em US$ 100 milhões.
Obama lidera Chicago-16 contra protestos
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