Olimpíada é arma de governo para atrair patrocínios ao esporte

 Ricardo Leyser, secretário de Alto Rendimento 

Um dos maiores desafios do legado da Olimpíada, para o Ministério do Esporte, é fazer com que as empresas privadas mantenham os patrocínios esportivos mesmo após do fim dos Jogos.

“A Olimpíada necessariamente atrai o interesse das empresas. Nosso desafio é que elas continuem depois de 2016”, afirmou Ricardo Leyser, secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

“Acredito que a visibilidade e os bons resultados podem ser fatores importantes para que elas continuem, mesmo que num patamar abaixo do que foi investido para a Olimpíada”, acrescentou o executivo.

O secretário citou duas empresas patrocinadoras da Olimpíada: a Nissan e o Bradesco. A montadora japonesa, além de parceira oficial dos Jogos, patrocina vários atletas, como Adriana Araujo e Yamaguchi Falcão (boxe), Felipe Kitadai (judô) e Isabel Swan (vela), todos medalhistas olímpicos.

“Já o Bradesco comprou uma cota, em grande parte porque o Itaú, seu concorrente, foi patrocinador da Copa do Mundo”, lembrou o secretário.

Além das Olimpíadas e das Paralimpíadas, o Bradesco patrocina seis confederações: basquete, judô, natação, remo, rúgbi e vela. 

Apesar disso, ele reconhece que, atualmente, boa parte do investimento e manutenção da infraestrutura esportiva do país ainda é feito via ação do governo federal e patrocínio de estatais como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras e Correios. Para ele, a vinda dos megaeventos ao país pode alterar essa realidade.

“Trabalhamos para o longo prazo para que o legado vá além da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. É uma oportunidade histórica”, afirmou Leyser. 

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