O Clube dos 13 firmou um convênio com a Organização das Nações Unidas (ONU) para promover ações sociais ligadas ao futebol em comunidades carentes. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, durante a apresentação dos resultados da viagem da comitiva da entidade Suíça, onde o grupo participou da assembleia geral da Associação de Clubes da Europa (ECA, na sigla em inglês). A comitiva foi chefiada por Luiz Gonzaga Belluzzo e Delair Dumbrosck, presidentes de Palmeiras e Flamengo, e marcou a estreia do C13 em reuniões desse porte. ?Selamos esse acordo em função do papel do futebol no imaginário social. Já sabemos, por uma série de exemplos práticos, que o futebol pode ser usado na redução da hostilidade em conflitos. Podemos contribuir para isso porque o Brasil, além de ser unanimidade no esporte, é visto como um país pacífico e amigável?, afirmou Belluzzo durante o evento realizado em São Paulo. Segundo o dirigente, a responsabilidade social foi um dos pontos mais discutidos durante o encontro da ECA. ?É algo que está nas entranhas dos clubes europeus, e nós não vamos conseguir escapar disso. A própria Fifa destina 0,7% de seu faturamento a ações sociais. Esse tipo de parceria valoriza a nossa marca. É a nossa oportunidade de unir o útil ao justo e agradável?. A forma como a relação entre C13 e ONU será conduzida ainda não está decidida. A possibilidade de promover amistosos como Corinthians e Flamengo tentaram fazer neste mês, na Palestina, não está descartada. A partida, no entanto, não vingou por falta de patrocínio. Além da import”ncia das questões sociais no futebol, o C13 usou o convite feito em maio pela ECA para estreitar as relações com Uefa e Fifa, e participar de discussões sobre o futuro do esporte na Europa. A parceira com a ONU, no entanto, foi o único trato efetivo da ida ao Velho Continente. ?O C13 deu um passo importante para sua internacionalização. Participar de um evento desse porte era algo que buscávamos há algum tempo, mas ainda não tínhamos conseguido nada com essa repercussão. Foi a primeira vez em 22 anos que o C13 foi recebido pelos líderes do futebol mundial?, disse Fábio Koff, presidente da entidade. Entre os principais pontos debatidos no encontro está a necessidade de controlar a ?bolha de gastos? e estabelecer o fair play financeiro para evitar a falta de competitividade entre as equipes. De acordo com Belluzzo, os dirigentes europeus pensam em estabelecer um teto para contratações, seguindo o modelo da NBA. ?Ficamos impressionados porque falaram em cifras como um bilhão de euros de dívidas. É urgente a necessidade de equilibrar o caixa dos clubes lá também. A situação não é tão diferente do que vemos aqui. Não fomos fazer papel de cachorros vira-latas?, destacou o dirigente.
ONU guia internacionalização do C13
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