Opositor da Fifa defende investimento em ligas menores

 

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Jérôme Champagne, candidato à presidência da Fifa em oposição a Joseph Blatter, defendeu uma redistribuição do faturamento das grandes ligas de futebol do mundo. Em entrevista a um site britânico, o francês afirmou que a Premier League, por exemplo, deveria redistribuir o valor arrecadado com ligas menores pelo planeta.

 

“A Premier League arrecada US$ 40 milhões em direitos de TV na Índia. Então, por que não devolver uma parte para o Campeonato Indiano? Isso é uma questão de justiça”, defendeu o candidato. “Sei que há várias pessoas [na Inglaterra] que sentem essa responsabilidade. Não podemos apenas desejar vender camisas no exterior. Tomamos e depois não damos nada em troca. Um dia haverá indianos jogando no Campeonato Inglês”, acredita.

Para Champagne, outro foco de investimento deve ser na África, que já fornece muitos jogadores para o futebol europeu. “Nunca disse que isso seria fácil. Mas a realidade é que se nós não fizermos de forma generosa, isso será imposto. Então, vamos ter a mente aberta e ser generosos”, conclamou o dirigente.

 

Champagne, que irá enfrentar Joseph Blatter nas eleições da Fifa, em maio, defende ações concretas da Fifa para desenvolver o futebol ao redor do planeta. “O que quero evitar é o que temos agora: nós enviamos delegações, fazemos relatórios agradáveis e depois não acontece nada. Acho que há muitas pessoas generosas e inteligentes na Premier League que entendem que o desenvolvimento do futebol local, como na Índia, seria bom para o crescimento da liga inglesa ao redor do mundo”, defende ele.

O dirigente também defende a limitação de jogadores estrangeiros, fortalecendo assim a “identidade”

Champagne também se comprometeu limitar as naturalizações de jogadores estrangeiros, preservando assim a “identidade” das seleções nacionais. O dirigente defende a reaproximação entre Fifa e federação inglesa, cujas relações estão estremecidas desde que a Inglaterra perdeu a disputa para sediar a Copa do Mundo de 2018. 

“Quero dizer ao povo inglês para se unir à mudança, em vez de ficar sentado e pensativo do outro lado do Canal [da Mancha]. Precisamos de você”, afirmou.

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