O governo brasileiro divide os gastos relacionados aos Jogos Olímpicos de 2016 em três grupos: comitê organizador, matriz de responsabilidades e legado.
O comitê organizador é responsável por custos operacionais do evento e das competições, isto é, materiais esportivos, hospedagem, transporte, refeições, entre outros. Este orçamento foi revisto duas vezes de 2009 para cá e, hoje, está estimado em R$ 7 bilhões. Todo este dinheiro, diz o governo, será pago pela iniciativa privada.
A matriz de responsabilidades diz respeito a estruturas diretamente ligadas aos Jogos, como o Parque Olímpico. O orçamento chegou, em julho, a R$ 6,5 bilhões – 65% pagos pela iniciativa privada, e 35%, pela pública, segundo as autoridades. Os 52 projetos que compõem esta área alcançaram 71% de maturidade em julho. Esses números mudam a cada seis meses e vão aumentar, porque ainda há projetos de instalações esportivas sem preço estimado.
O chamado legado engloba todos os investimentos em infraestrutura que não têm relação direta com o evento, mas que é necessária para a realização dele – ônibus, metrô, piscinões etc. Serão R$ 24,1 bilhões gastos, dos quais 43% competem à iniciativa privada por meio de parcerias público-privadas (PPPs).
A soma das três esferas faz o custo da Olimpíada de 2016 bater R$ 37,6 bilhões. Londres, em 2012, teve uma despesa total de R$ 33,6 bilhões – 8,9 bilhões de libras.