A contratação de Wayne Rooney para ser jogador e auxiliar técnico do Derby County a partir de janeiro de 2020 tem gerado um debate sobre a influência das casas de apostas sobre o patrocínio na Inglaterra.
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O órgão Gambling Watch UK, que fiscaliza a atuação das casas de apostas no mercado, pediu que a Federação Inglesa proíba Rooney de usar a camisa de número 32, que seria uma referência à 32Red, casa de apostas e patrocinadora máster do time que atua na EFL Championship, segunda divisão do futebol inglês.
Foto: Reprodução / Twitter (@dcfcofficial)
“Muita gente está muito preocupada que apostas em publicidade e futebol já estejam em todo lugar”, disse Jim Orford, fundador da Gambling Watch UK, em entrevista ao The Times.
Vale ressaltar que as regras da Federação Inglesa de Futebol (FA) restringem o tamanho da publicidade nas camisas de todas as equipes que atuam nas principais divisões de futebol do país. A própria federação estaria ciente e “de olho” na situação envolvendo Rooney, mas não poderia tomar qualquer atitude até que o jogador entrasse com o número em um jogo oficial. Além disso, considera que o Derby County argumentará que o número 32 é igual a outro qualquer.
“Eu acredito que a FA deveria dar uma olhada nisso. É mais que clandestino, é flagrante. Toda vez que você assiste a uma partida na TV, pode ver apostas de empresas anunciando, e isso significa que crianças e jovens também estão sendo expostos a ela. Eu pedi a Wayne Rooney que não use a camiseta número 32 porque ele estaria apenas conspirando com uma tentativa de fornecer publicidade gratuita para as empresas de apostas”, complementou Jim Orford.
A polêmica chegou ainda mais longe. Nesta quinta-feira (8), a ministra dos Esportes do país, Rosena Allin-Khan, chegou a afirmar que o caso expõe como a relação entre as empresas de apostas e o futebol está “fora de controle”.