Os cinco acertos e os cinco deslizes da Copa do Mundo no Brasil

Os acertos da Copa

A própria Copa
A Copa do Mundo deu certo. Deixando de lado o “oba-oba” da Copa das Copas, a organização foi satisfatória. Estádios inconclusos e obras que não saíram do papel não impediram o bom andamento na organização do torneio. Único episódio trágico ficou em Belo Horizonte, com o viaduto incompleto que levou uma pessoa à morte. Mas aeroportos, mobilidade urbana e segurança foram surpreendentemente aceitáveis.

 

Redes Sociais
Redes sociais foram um enorme sucesso entre torcedores. Brasil x Alemanha, por exemplo, bateu recorde de comentários no Facebook e no Twitter. A novidade da edição de 2014 foi o Whatsapp, que também fomentou uma série de brincadeiras entre torcedores. E a espontaneidade dos internautas dominou o que foi a Copa do Mundo mais conectada da história; a grande maioria das marcas adotou um perfil mais pragmático ao falar do Mundial.

 

Público
Por um mês, estádios vazios foram raridades no Brasil. Em nenhuma partida foi vista uma arena com menos de 90% de capacidade. O Mundial de 2014 encerra com a segunda maior média de público da história do torneio da Fifa.

 

Tecnologia
A tecnologia da linha do gol, implementada e testada pela primeira vez nesta Copa, não decepcionou. Quando o francês Benzema chutou na trave e a bola voltou no goleirão de Honduras e ficou próxima de entrar, minutos depois a novidade tirou a dúvida: não foi gol.

 

Emboscada
Quem esperava grandes ações de emboscada durante a Copa do Mundo se decepcionou. Em 2010, loiras de uma cervejaria holandesa e enormes anúncios da Nike ganharam razoável repercussão. No Brasil, houve diversos casos, como a sunga da Blue Man, usada por Neymar, mas nenhum que tenha realmente repercutido. Os patrocinadores agradecem.

 

Os deslizes da Copa

Abertura
A festa de abertura das Copas do Mundo não é como aquelas dos Jogos Olímpicos, mas, mesmo assim, o Brasil decepcionou. A simplicidade do evento, a luz do dia e o encerramento com uma música-tema que não empolgou muito não deixaram a experiência memorável para os presentes e muito menos para quem viu da televisão.

 

Fuleco
Brasileiro, colorido, engajado, simpático. Tinha tudo para ser um sucesso, se a Fifa não resolvesse esconder o bicho. A questão central foi o desentendimento financeiro entre a entidade e ONGs que lutam pela preservação do tatu-bola. O acordo foi criticado por ambientalistas envolvidos com a entidade, e o mascote foi deixado de lado.

 

Esquema de ingressos
A Polícia Civil estourou esquema de venda ilegal de ingressos da Copa e prendeu 11 pessoas. Entre elas, o vice-presidente da Match, agência que cuidou dos ingressos de hospitalidade da Copa.

 

Cambistas
Nos entornos dos estádios, eram numerosos os torcedores que levantavam plaquinhas com os dizeres “buy tickets”, dispostos a pagar até R$ 1 mil por ingressos de última hora. A Polícia Militar, igualmente numerosa nos locais, não fez nada para combater os cambistas.

 

Roubos de ingressos
Torcedores que tiveram tíquetes roubados nos arredores dos estádios tentaram conseguir com a Fifa a reimpressão deles. Sem sucesso. A entidade, sob o pretexto de que combatia fraudes, negou-se a dar novos ingressos mesmo sob ordem judicial da Justiça brasileira.

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