Uma proposta de patrocínio de R$ 1 bilhão por 10 anos. E recusada pela diretoria do Palmeiras. Após o representante da Blackstar Internacional chamar o presidente do clube, Maurício Galiotte, de “patético”, o dirigente resolveu colocar o caso de forma pública. E questionou a companhia.
Em entrevista dada ao SporTV, Galiotte declarou que as negociações estavam encerradas. “Fomos buscar informações da empresa, e a partir deste momento encerra qualquer tipo de diálogo por total falta de credibilidade”, afirmou.
Segundo o mandatário palmeirense, era falso o documento enviado pela Blackstar Internacional, com garantias financeiras dadas pelo HSBC. Galiotte chegou a exibir um e-mail enviado pelo CEO do banco, Alexandre Guiao, que comprovaria a fraude da empresa desconhecida do público brasileiro.
A irritação pública do presidente do clube ocorreu no dia seguinte à publicação de uma carta aberta de Rubnei Quícoli, que diz representar a Blackstar no Brasil. No documento, o executivo afirmou que Galiotte tem soltado informações que mancham a integridade da companhia. E ainda acusou o grupo Crefisa de praticar ilegalidades.
“O presidente reeleito em nenhum momento entrou em contato comigo e mais, o Palmeiras não notificou a BS sobre o interesse do patrocínio”, reclamou.
A Blackstar International Limited não tem atuação no Brasil. A companhia teria sede na Ásia e atuaria no ramo de energia e bioenergia. A empresa apareceu no Palmeiras no período de eleições do clube, levado pelo candidato de oposição, Genaro Marino. O dirigente apresentou uma carta de intenção da companhia como modo de fortalecer seu nome no processo eleitoral em que ele terminou derrotado.
Rubnei Quícoli chegou ao Palmeiras por meio do ex-presidente Paulo Nobre, que apresentou o executivo para o grupo de oposição. Porém, o antigo mandatário admitiu no Twitter que não tinha “conhecimento suficiente pra emitir qualquer opinião sobre o Sr Rubnei nem tão pouco sobre a empresa BlackStar”.
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Segundo Nobre, a primeira aproximação da empresa com o Palmeiras aconteceu em 2016, quando a Blackstar cogitou patrocinar o time e até comprar o Allianz Parque da WTorre, em negociações que nunca avançaram.
Com a recusa de negociar com a Blackstar, Galiotte permanece próximo de Leila Pereira, dona da Crefisa. A companhia pagou R$ 78 milhões de patrocínio em 2018 e está em processo de renovação para a próxima temporada.