Com Neymar e internet, Panini quer manter Brasil no topo global de vendas

Durante a Copa do Mundo de 2010, a Panini alcançou um feito inédito: fez com que as vendas do álbum do torneio no Brasil fossem maiores do que na Alemanha, país que mantinha a liderança até então. Para este ano, o plano é consolidar a posição brasileira unindo 8 milhões de colecionadores. Neymar e as redes sociais estão posicionadas para fazer com que isso se torne realidade.

O uso das redes sociais será ampliado em relação à Copa do Mundo de 2010. Para a Panini, esse foi um dos principais motivos que fizeram com a edição brasileira fosse mais bem sucedida que a alemã em 2010. Segundo o diretor comercial da editora, Márcio Borges, esse é um modo de chegar a mais pessoas: “A internet não concorre com as figurinhas. Ela incentiva a troca e as coleções”.

Neste ano, a grande novidade no mundo virtual é um aplicativo para celular chamado App Collector. Nele, o consumidor registra todas as suas figurinhas, e o programa organiza o quanto o álbum está completo e o quanto há de figurinhas repetidas. Com os dados em mãos, o internauta pode fazer esse registro no Facebook para que trocas possam ocorrer com conhecidos.

Além disso, haverá também um álbum online hospedado no site da Fifa, em que as imagens são liberadas após a inserção de um código presente nas figurinhas reais. No mundo real, a Panini também promoverá eventos de trocas, como já aconteceu em anos anteriores.

O jogador Neymar entra no contexto online, já que ele mantém popularidade alta em redes sociais. Sua imagem também será usada em merchandising e em um anúncio televisivo. Para a empresa, a escolha foi simples, já que se trata do atleta com maior apelo no time nacional.

Para chegar ao número almejado, a Panini conta com uma extensa distribuição de álbuns. Serão 6,5 milhões exemplares gratuitos, entregues a escolas. A ideia é incentivar a coleção e lucrar nas vendas das figurinhas. No primeiro momento, serão colocados no mercado 8,5 milhões de exemplares, com previsão de reimpressão.

O temor é que o fato de 2010 se repita. No Mundial da África do Sul, a demanda foi maior do que a capacidade de entrega, o que fez com que a Panini interrompesse suas ativações e divulgações.   

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