Independentemente da modalidade praticada, atletas de alto rendimento costumam sofrer com o indesejado momento de se aposentar. Enquanto, no futebol, jogadores como Romário chegam aos 41 anos ainda em atividade, no basquete, muitos se arriscam nas quadras até os 40, e poucos estão prontos para a vida pós-basquete.
Com a dúvida sobre o que fazer após deixar as cestas, Guilherme Giovannoni, aos 30 anos, tem investido na carreira de empresário. Em Curitiba, no Paraná, aceitou proposta de sociedade de um amigo e está no comando da Sathi Café, empresa especializada no fornecimento e manutenção de máquinas expressas de café.
“Se eu puder continuar no basquete, que é minha vida, será ótimo, mas preciso encontrar uma profissão para seguir depois de me aposentar”, afirmou Giovannoni à Máquina do Esporte durante o Jogo das Estrelas, evento do qual fez parte no último fim de semana. “Muitos ganharam muito dinheiro, mas não souberam investir”.
Com a carreira profissional no esporte, de acordo com o atleta, é difícil se dedicar aos estudos em alguma outra profissão, devido às constantes viagens para outras cidades. Pelo mesmo motivo, Giovannonni admite deixar a gestão da empresa para o sócio e permanecer no negócio apenas como investidor.
A vida pós-basquete deve ser um dos focos do atleta na presidência da associação dos jogadores, formalizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB) durante o evento. Giovannoni foi indicado publicamente por Ratto, ex-jogador, atual mandatário da entidade representativa, para ocupar a direção da associação nos próximos anos.