Há quatro anos, em Londres, uma grande escultura em formato helicoidal era uma das atrações do Parque Olímpico. Presente de um empresário para a cidade, o objeto simbolizava o conceito do local: mais do que exposição de marca dos parceiros do COI, a ideia era dar ao público como legado um local bonito de lazer.
Isso fez com que as marcas não tivessem protagonismo pelas alamedas do Parque Olímpico de Londres. Agora, sem o mesmo conceito, os Jogos do Rio de Janeiro assumiram um aspecto muito mais comercial para o público. E bem mais favorável às marcas.
Se, em Londres, o “live site”, área de convívio do torcedor, era um telão instalado provisoriamente no meio de um rio cercado de grama, no Rio o espaço é cercado pela água, mas possui stands de Bradesco, Coca-Cola e Nissan, que montaram suas ativações.
No centro do parque, onde foi instalada uma praça de alimentação, não é só o McDonald’s o protagonista, como havia sido em 2012. Samsung, Bradesco, Leão e até mesmo a Globo, com seu enorme estúdio dentro do parque, têm suas marcas expostas.
O melhor exemplo dessa nova realidade mais comercial foi bem aproveitada pela Samsung.
Pela primeira vez a marca terá um showroom de produtos para os torcedores. O espaço hi-tech mostra a imponência da empresa. Experiência com o uso de óculos de realidade virtual, relação com a história dos Jogos Olímpicos e até uma linha do tempo com a evolução da tecnologia de aparelhos móveis estarão disponíveis.
“É muito bom poder ver a nossa parceria com a Samsung crescendo. Além desse espaço, temos pela primeira vez uma linha exclusiva de produtos, esse espaço aqui além daquele que sempre foi feito para os atletas”, resumiu no lançamento do espaço da marca sul-corena Timo Lumme, diretor geral de marketing e TV do COI.
A frase resume bem o ganho de importância dos patrocinadores na relação com o público que vai ao Parque Olímpico. Isso deve fazer, dos Jogos do Rio, um local que ajudará a gravar mais a marca de patrocinadores no consumidor.