Se dentro das pistas a Force India vem fazendo uma temporada digna de elogios, com a quarta posição entre os construtores e resultados consistentes, fora delas as coisas podem se complicar e muito para a equipe. Tudo por conta de uma violação de regras entre a escuderia e um de seus principais patrocinadores.
O escândalo envolve um dos coproprietários da Force India, o magnata indiano Vijay Mallya, que também é dono da companhia aérea Kingfisher Airlines desde 2004. De acordo com as investigações feitas pelo governo indiano, a Kingfisher Airlines teria pagado um excesso de patrocínio à Force India entre 2008 e 2009, sem divulgar o volume das transações a seus credores e ao conselho de administração da empresa.
Ao fazer isso, escuderia e patrocinador violaram o “Companies Act” (Lei das Sociedades Comerciais), de 1956, mais especificamente a seção 211, além dos padrões e regras de governança corporativa.
Vijay Mallya se recusou a comentar as acusações e ninguém veio a público para explicar os motivos do pagamento em excesso. Entre 2008 e 2009, aliás, a Kingfisher passou por uma crise de liquidez e, por isso, mal conseguia cobrir despesas operacionais. Para piorar, o acordo de patrocínio estipula desde essa época que todo o logotipo da empresa deveria estar no carro da Force India. No entanto, até hoje, o que se vê é apenas o nome da companhia aérea.
Na temporada 2017 da Fórmula 1, a Force India está na quarta posição entre os construtores, com 147 pontos, atrás apenas de Mercedes, Ferrari e Red Bull. O mexicano Sérgio Pérez é o sétimo na classificação geral, com 82 pontos, enquanto seu companheiro de equipe, o francês Esteban Ocon, é o oitavo, com 65 pontos.