Patrocínio esportivo deve movimentar US$ 57,7 bilhões em 2015

O mercado de patrocínio esportivo deve registrar um incremento de 4,1% em 2015, segundo levantamento divulgado pela consultora IEG. A cifra esperada é de US$ 57,7 bilhões ao fim da temporada, número impulsionado principalmente pelos recentes contratos assinados por NBA e Uefa.

A América do Norte receberá a maior fatia desse montante – US$ 21,4 bilhões.  Europa (US$ 15,3 bi) e Ásia/Pacífico (US$ 14 bi) estão à frente da América Latina que, apesar da realização da Copa América, deve ficar com US$ 4,3 bilhões, valor 4,8% superior ao registrado no ano passado. Os demais países somados terão US$ 2,5 bilhões de investimento em esporte.

Nos Estados Unidos, 70% do aporte está associado diretamente a eventos esportivos. O país foi palco de duas das mudanças mais importantes no mercado neste ano, ambas na NBA. A liga norte-americana de basquete trocou Adidas e Coca-Cola por Nike e PepsiCo, respectivamente. O acordo com a fabricante do Oregon, por exemplo, renderá US$ 1 bilhão por oito temporadas, o triplo investido pela marca das três listras nos últimos 11 anos.

A Pepsi, por sua vez, arrebatou ainda uma das cotas principais da Uefa para a Liga dos Campeões da Europa e utilizará, além dos rótulos dos refrigerantes e bebidas não-alcóolicas, suas marcas de aperitivos Lay’s e Doritos por cerca de € 50 milhões anuais. Para a Coca-Cola restou o consolo de “roubar” da concorrente o patrocínio da Major League Soccer (MLS).

A entidade dirigida por Michel Platini é uma das molas propulsoras da arrecadação no velho continente e já renovou acordos com Nissan, Heineken, Sony e MasterCard, ampliou a parceria com antigos parceiros, como UnidCredit para a Liga Europa, e trouxe novas empresas para seu rol de negócios: FedEx e Enterprise Rent-A-Car.

Na Ásia, a organização dos Jogos Olímpicos de 2020 impulsiona o investimento em esporte, registrando um crescimento de 5,2% em relação ao último ano, quase igualando o continente à Europa e abrindo larga vantagem para os latino-americanos.

O estudo da IEG ressalta que o escândalo de corrupção no futebol ainda não teve impacto no mercado de patrocínios no curto prazo, mas pode ser relevante caso as investigações levem a Fifa e outras confederações envolvidas a perderem contratos nas próximas temporadas.

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