A negociação individual de direitos de mídia e a consequente concentração de receitas nas mãos de Barcelona e Real Madrid são consequentemente apontadas como razões do desequilíbrio no futebol espanhol. Contudo, não são as únicas. Levantamento feito pelo site “Qué.es” mostrou que patrocínios de camisa ratificam essa bipolarização entre os grandes e os outros.
Neste ano, o Barcelona acertou um contrato com a Qatar Foundation para estampar a marca no uniforme da equipe. O acordo renderá 171 milhões de euros ao clube até o fim da temporada 2015∕2016.
Os 34,2 milhões de euros anuais que o Barcelona recebe fazem do clube o líder em publicidade de uniforme no futebol espanhol. O segundo do ranking é o Real Madrid, que amealha 23 milhões de euros por ano da Bwin – com premiações e remuneração variável, esse montante pode chegar perto dos 30 milhões de euros por temporada.
Depois de Barcelona e Real Madrid, segue-se um abismo. Atualmente, Atlético de Madri, Valencia, Sevilla, Osasuna e Rayo Vallecano estão sem patrocinadores em seus uniformes.
Portanto, o terceiro maior patrocínio do futebol espanhol é o do Athletic de Bilbao, que recebe dois milhões de euros por ano da Petronor. O Levante recebe 1,75 milhão de euros da Comunidad Valenciana, o Betis tem acordo de 1,5 milhão por temporada com a Guipuzkoa e a Real Sociedad ganha um milhão de euros para divulgar Cancun como destino turístico.
O ranking de patrocínios da primeira divisão da Espanha segue ordem decrescente até o Racing Santander, dono de uma cota máster que rende apenas 400 mil euros por ano – contrato com a Chorizos Palacios. Málaga (Unesco) e Zaragoza (Proniño) usam os espaços nobres de seus uniformes para ações sociais.