Paulistão cria prêmio por mérito que amplia abismo entre clubes

Torneio de futebol que mais dá dinheiro para os clubes no Brasil, o Campeonato Paulista terá, no ano que vem, um novo sistema de premiação para os clubes que procura dar mais ênfase aos méritos técnicos às equipes. Mas o modelo adotado pela Federação Paulista de Futebol tende a ampliar a distância de arrecadação entre clubes grandes e pequenos.

A Máquina do Esporte teve acesso ao novo modelo, que foi apresentado aos clubes durante o Conselho Arbitral do torneio, no começo deste mês. A FPF criou um sistema que dá prêmio aos clubes pelo tempo de permanência na Série A-1 estadual, além de dar um dinheiro extra conforme a divisão nacional que o time está. Há, ainda, uma bonificação por performance na gestão. O clube que apresentar bons resultados financeiros também é premiado, em critérios que serão apresentados em janeiro do ano que vem.

Pelo novo sistema, os quatro grandes clubes e a Ponte Preta recebem R$ 750 mil por estarem há mais de 15 anos na elite estadual, e outros R$ 1,2 milhão por jogarem a Série A do Brasileirão.

Santos e Palmeiras decidiram o Paulistão em 2015

Um time que está na Série B nacional ganha R$ 400 mil. O da Série C recebe R$ 200 mil e os que disputam a Série D, R$ 75 mil.

O modelo de premiação deixou alguns clubes menores insatisfeitos. Afinal, ele amplia a distância entre as equipes, já que, ao negociar o contrato de TV de forma separada, os grandes Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo faturam cerca de cinco vezes mais do que um clube como a Ponte.

A FPF também aumentou a premiação pela colocação final no torneio. O aumento, porém, é proporcionalmente maior entre os times que ficam nas primeiras colocações. O campeão, que em 2015 ganhou R$ 3 milhões, no próximo ano receberá R$ 4 mi.

A mudança no sistema de cotas fará com que a FPF distribua R$ 9,8 milhões em prêmios no Paulistão de 2016, ou 53% a mais do que foi distribuído neste ano.

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