A Panini lança, neste domingo (dia 15) o álbum de figurinhas do Campeonato Brasileiro de 2016. Pela primeira vez, o livro ilustrado recebeu chancela da CBF.
“A gente já vem conversando nos dois últimos anos. Já tínhamos feito algumas coisas pontuais com a confederação, como a campanha ‘Somos Iguais’ [contra o racismo, em 2014]. A relação foi ficando mais estreita”, contou Vilson Manfrinati, assessor da divisão de futebol da Panini.
A participação da CBF em um produto licenciado do Brasileirão acontece no mesmo momento em que os clubes começam a se mexer por uma liga independente. Neste ano, alguns dos principais times do Brasil criaram a Primeira Liga, torneio totalmente gerido pelas equipes. Em outras modalidades, como basquete e futsal, as ligas independentes se fortalecem.
Apesar disso, a Panini manteve a estratégia de realizar negociações independentes com cada clube e com os jogadores.
“Além dos 40 clubes [das Séries A e B que integram o livro ilustrado], a Panini tem contrato com cada um dos 560 atletas que estão no álbum hoje”, contou Manfrinati.
Mesmo no tempo em que os clubes estavam organizados em torno do Clube dos 13, a empresa era obrigada a fazer contratos individuais, já que muitas das equipes que subiam ou desciam de divisão não integravam a entidade.
“Em qualquer outro lugar onde a Panini faz álbuns, as negociações são coletivas. Aqui, foge em função disso. O custo do direito de imagem no Brasil chega a ser o dobro ou o triplo em relação aos outros países”, afirma o executivo.
A principal novidade do álbum deste ano, além do lançamento antecipado, já na primeira rodada do Brasileirão, é a atualização dos dados de cada time. Em agosto e outubro, a editora irá publicar figurinhas de novos atletas de cada equipe, com nomes que tenham se destacado ou novas contratações nas janelas de transferência.
“Com exceção da Copa do Mundo, os álbuns dos campeonatos nacionais são o principal produto da Panini”, conta Manfrinati.