Pela 1ª vez, China supera Premier League em janela de transferência

Renato Augusto e Ralf, reforços do Beijing Guoan

A Superliga da China, que foi a grande compradora de jogadores do futebol brasileiro neste início de ano, assegurou um lugar inédito entre as principais ligas do mundo: a que mais gastou em reforços em 2016.

Os clubes chineses desembolsaram um total de US$ 336,55 milhões com jogadores, segundo datos do site transfermakt.de. Esse número é mais de 24% superior ao volume de negociações da Premier League, no mesmo período. Até então, a liga inglesa, a que conta com maior faturamento no mundo, dominava o mercado de transferências no planeta.

Para se ter a dimensão do volume de negociações realizadas pela liga chinesa, o país gastou o dobro do que foi desembolsado pelos clubes da Série A da Itália, liga que foi a dominante no mundo até o início dos anos 90.

Não bastasse isso, a Liga Um, a segunda divisão da China, foi o quarto torneio nacional que mais investiu no mercado de inverno: US$ 68,94 milhões, superando competições tradicionais como a Bundesliga alemã (US$ 55,6 milhões), La Liga espanhola (US$ 40,56 milhões) e Ligue 1 da França (US$ 25,1 milhões).

Neste início de ano, a China levou quase metade do time do Corinthians, campeão brasileiro. Foi o caso do zagueiro Gil, do volante Ralf e dos meias Jadson e Renato Augusto. Também se transferiu para o futebol chinês o atacante Luis Fabiano, ídolo do São Paulo.

A ascensão da Superliga chinesa pode ser medida também pelo aumento do valor do contrato de TV. O compromisso para os próximos cinco anos foi acertado por US$ 1,2 bilhão (US$ 240 milhões por temporada). Esse montante é 30 vezes superior ao acordo anterior.

Esses números, porém, ainda são modestos em relação aos obtidos pela Premier League. O torneio inglês cedeu os direitos de transmissão para o triênio 2016/2017 a 2018/2019 por de £ 5,14 bilhões (US$ 7,33 bilhões). Isso equivale a US$ 2,44 bilhões por temporada, valor cerca de dez vezes mais alto do que o obtido pelo futebol chinês. 

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