A Cambuci, detentora da marca Penalty, vivenciou uma situação inusitada no segundo trimestre deste ano, antes da Copa do Mundo. A empresa, que vive uma reformulação desde o ano passado, teve altíssima queda na venda de produtos licenciados ao mesmo tempo em que artigos relacionados ao futebol tiveram crescimento.
Penalty revê patrocínio a clubes e deve cortar investimentos
Nesse período, a queda de camisas de clubes ficou entre 30% e 40%, o que fez a receita diminuir 5,5%. Caso os licenciados fossem desconsiderados, o número teria sido invertido, com crescimento de 5,5%. Ainda assim, a empresa comemorou um aumento de 11,9% no lucro bruto em relação ao mesmo período anterior e um aumento de 17,3% no EBITDA. O número consagra a reformulação da empresa.
À Máquina do Esporte, o CEO da Cambuci, Paulo Ricardo de Oliveira, explicou o processo que a empresa vive nos últimos anos. “São três pilares. Mudança no mix de produtos para aumentar o lucro bruto, mudar a participação em segmentos de produtos e redução de 13% nas despesas no último ano”, afirmou.
Para lucrar mais, o executivo explicou que a empresa deverá manter uma política de readequação das despesas, mas deverá ampliar o alcance da marca Penalty, em um planejamento de cinco anos.
Uma das questões levantadas por Oliveira é a internacionalização da marca, que já esteve presente na Espanha, Portugal e países da América Latina. Agora, a Cambuci estudo mercados emergentes do futebol para se fixar no exterior. “Se ficar mais forte lá fora, fica mais forte aqui também”, justificou.