Quando assinou contrato para ser embaixador mundial da campanha ?piloto da vez? da fabricante de uísques Johnnie Walker, em 2007, o finlandês Mika Häkkinen já havia deixado de correr. Ele mantém o posto até hoje, a despeito de ter deixado a Fórmula 1 há oito anos. Tudo por uma combinação entre história e agenda. Häkkinen chegou à Fórmula 1 em 1991, quando foi contratado pela escuderia Lotus. Transferiu-se em 1993 para a McLaren, equipe em que conquistou dois títulos mundiais (1998 e 1999). Dois anos depois de sua última campanha vitoriosa, decidiu retirar-se das pistas. Além de ser bicampeão mundial, Häkkinen possui forte ligação com a McLaren, que é patrocinada pela Johnnie Walker. Para completar o perfil perfeito, o finlandês ainda está engajado em uma série de ações sociais. Foi o viés social, aliás, o principal fator que Häkkinen exaltou na campanha da empresa de bebidas. Através da distribuição de corridas gratuitas de táxis e de material de comunicação, o objetivo da Johnnie Walker é mostrar que álcool e direção são duas coisas que não devem combinar. ?Essa é uma campanha muito importante. Nós podemos fazer diferença, ajudar pessoas, e foi isso que me levou a fazer parte. É um jeito fantástico de levar uma mensagem para as pessoas. Você não pode fazer as pessoas pararem de beber, mas pode lembrar que elas não devem misturar isso com direção?, disse o ex-piloto na última quarta-feira, durante uma visita ao Brasil ? ele está fazendo um circuito pela América Latina para divulgar a ação. No entanto, o perfil não é a única justificativa para a Johnnie Walker apostar em Häkkinen. A marca também usará o inglês Lewis Hamilton, da McLaren, neste ano. Contudo, o fato de o finlandês já ter parado de correr explica o porquê de ele ser o embaixador mundial da marca. ?Nós sempre tentamos usar o Mika e um piloto em atividade. Neste ano, vamos pegar o Lewis de novo. Mas o Mika, além de uma história de conquistas na Fórmula 1, tem uma possibilidade de agenda. Ele pode viajar o mundo e fazer ações para a marca, mas nós não temos mais do que meia hora com o Lewis?, explicou Eduardo Blohm Bendzius, diretor de marketing da Diageo, representante da marca Johnnie Walker no Brasil.
Perfil e tempo moldam aposta em Häkkinen
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