A Petrobras vai lançar no início da próxima semana um novo plano de atuação para a companhia no esporte. O projeto envolve Lei de Incentivo ao Esporte e tem foco os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. Detalhes da iniciativa, contudo, ainda são mantidos em sigilo.
O programa faz parte de uma reformulação que a Petrobras realizou recentemente em sua política de incentivo ao esporte. Neste ano, por exemplo, a estatal não renovou o patrocínio à Confederação Brasileira de Handebol (CBHB).
O contrato expirou no início da temporada, mas as negociações se arrastaram por meses. A Petrobras chegou a fazer uma proposta, mas queria que o patrocínio passasse a ser incentivado. A CBHB, que já tinha um histórico de um projeto rechaçado pelo Ministério do Esporte, preferiu rejeitar a ideia.
A Petrobras também repensa, desde o ano passado, sua participação no automobilismo. A companhia foi parceira da escuderia Williams durante dez temporadas da Fórmula 1, mas fechou com a Honda em 2008. Pouco depois, a equipe encerrou suas atividades na categoria.
Soma-se a esse histórico de mudanças de atuação no esporte um patrocínio da Petrobras ao Campeonato Brasileiro, que inclui propriedades como a possibilidade de a empresa criar documentários em vídeo sobre as torcidas das equipes da primeira divisão e o uso, ainda pouco difundido, do nome Brasileirão Petrobras.
Longe da Fórmula 1 e com atuação mais presente no futebol nacional, a Petrobras resolveu voltar o foco aos esportes olímpicos. No fim de 2009, a companhia recebeu representantes de confederações esportivas para discutir modelos a serem aplicados para o uso de Lei de Incentivo ao Esporte.
Pouco antes, a Petrobras havia interrompido o uso de Lei de Incentivo ao Esporte por não concordar com o modelo de entrega do dinheiro. A companhia queria que o pagamento fosse feito paulatinamente, o que facilitaria a fiscalização dos projetos agraciados.
Uma portaria do Ministério do Esporte no fim de 2009, contudo, adequou a Lei de Incentivo aos procedimentos desejados pela companhia. A partir disso, a Petrobras resolveu retomar o uso do mecanismo de apoio.
Neste ano, a Petrobras fechou acordos com cinco modalidades olímpicas: as delegações brasileiras de boxe, esgrima, levantamento de peso, taekwondo e tiro com arco, escolhidas por critérios técnicos e por terem comandos em primeiro mandato, foram as primeiras a fechar com a companhia.
A Petrobras ainda não divulgou se esses cinco acordos usarão Lei de Incentivo e se o projeto a ser anunciado na próxima semana abrange apenas esses esportes ou tem um contingente maior de modalidades.