Petrobras relativiza saída da Fórmula 1

Por diversos motivos distintos, a Petrobras reduziu seu investimento no esporte em relação ao ano passado. A perda mais significativa, porém, é tratada com certo desdém pela estatal, que aposta na continuidade do programa Petrobras Esporte Motor mesmo sem a Fórmula 1. ?Ela é a categoria máxima do automobilismo de competição e nenhum outro patrocínio pode substituí-la no mesmo nível. Contudo, a gente continuará a utilizar as pistas como laboratório para o desenvolvimento de tecnologia?, disse por e-mail a gerência de imprensa da Petrobras. Em 2008, foram cerca de R$ 81 milhões, contando todos os esportes e a verba inserida na Lei de Incentivo ao Esporte. Na atual temporada, estão previstos gastos de cerca de R$ 34 milhões, com redução no aporte ao Flamengo e as retrações no automobilismo e no benefício fiscal. No ano passado, a Petrobras anunciou que não investiria via Lei de Incentivo ao Esporte por entender que não havia projetos que se enquadravam no seu perfil de investimento. Posteriormente, viu seu contrato com a Honda ruir na saída da montadora da Fórmula 1 e seguiu caminho semelhante na Copa Nextel Stock Car. O ápice da redução dos gastos aconteceu no Flamengo, que viu seu patrocínio cair de R$ 16,2 milhões para R$ 14 milhões, mudança que afetou diretamente o departamento de esportes olímpicos. Mesmo assim, a estatal ainda se coloca como uma das maiores investidoras do setor no país. ?O objetivo da Petrobras é manter-se como uma das maiores incentivadoras do esporte no país, utilizando, sempre que possível, essa iniciativa como ferramenta de inclusão social?, concluiu a companhia, em resposta oficial à Máquina do Esporte. Desses R$ 34 milhões, R$ 14 milhões são investidos apenas no Flamengo, contra R$ 1,4 milhão no surfe, R$ 2,8 milhões no handebol e cerca de R$ 4 milhões no Petrobras Esporte Motor, que ainda conta com Fórmula Truck, eventos de kart e Brasileiro de Motovelocidade.

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