Petrobras vê naming right amadurecido no Brasil

Copa Petrobras de Tênis, um dos que a empresa mantém o nome

Copa Petrobras de Tênis, um dos que a empresa mantém o nome

A expressão naming right, dada quando uma empresa compra a propriedade de nome de algo, tem se tornado cada vez mais comum no vocabulário esportivo nacional. Apesar da existência de exemplos consolidados, como em times de vôlei e basquete e em competições, a prática está longe de ser natural e valorizada por veículos de comunicação e torcedores em geral. A evolução dos últimos anos, no entanto, tem sido a coluna de sustentação para a insistência da Petrobras.

Foi considerando o mercado mais maduro que a empresa adquiriu o direito de nome da Copa Petrobras de Marcas, modalidade de automobilismo da categoria de turismo. Um dos acordos que envolvem as novas corridas está na obrigatoriedade da emissora que as transmitirá, a Rede TV, em pronunciar o nome da marca.

A questão de emissoras e veículos de comunicação em geral tem estado em voga nos últimos meses no “mbito esportivo devido à dificuldade de clubes que estão com planos para estádios conseguirem naming rights para as suas arenas. A rede Globo, canal com as principais competições esportivas no país, não tem o costume de falar o nome de empresa, como se vê na Fórmula 1, por exemplo, onde a equipe Red Bull Racing vira RBR.

Para o gerente de patrocínios esportivos da Petrobras, Claudio Thompson, a Copa de Marcas tem vantagens no momento de colocar o nome. “Quando o evento já começa com o nome da empresa é mais fácil de ‘pegar’, de dar certo o naming right”, afirmou.

Quando a Petrobras avalia o poder de ter o nome de um campeonato, ela o faz com propriedade de quem já se associou dessa maneira em modalidades diversas como o handebol e o tênis. No futebol, por outro lado, a empresa foge desse propósito. Patrocinadora do Campeonato Brasileiro, ela nega qualquer interesse em seu nome. Em ações envolvendo o torneio, ela usa o termo “Brasileirão Petrobras” recorrentemente.

A busca pela consolidação do naming right não se restringe a empresa que compra tal propriedade. Consciente dessa questão, Maurício Slaviero, diretor-geral da Vicar, que organiza a Copa de Marcas, faz um trabalho direto com as mídias para que o nome do torneio seja respeitado. “É um trabalho de formiguinha. Temos sempre que acompanhar e pressionar, mas temos progredido bastante nos últimos anos com essa questão”, afirmou o diretor.

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