Petrobras volta a usar Lei de Incentivo

Maior usuária da Lei de Incentivo ao Esporte no primeiro ano do benefício, a Petrobras voltou a investir nesse caminho para apoiar o esporte. Anunciado na última quinta-feira, o aporte de R$ 4,47 milhões na Copa Petrobras de Handebol deve ser apenas o primeiro da estatal, que reorganiza seu programa de patrocínios após um primeiro semestre tumultuado. ?Essa volta é importante, assim como a própria lei. Nós chegamos a abrir uma seleção no ano passado, mas não atingimos um número de programas satisfatório, e os poucos inscritos não preenchiam nossas requisições. Por isso ficamos fora em 2008?, disse Thiago Luz, gestor de projetos da gerência de patrocínios esportivos da Petrobras. Em 2007, a estatal investiu R$ 27 milhões no projeto do Comitê Olímpico Brasileiro, que pretendia preparar os atletas brasileiros para os Jogos de Pequim. A redução de sua presença no esporte, porém, pode ter interferido na decisão de voltar a apostar na Lei de Incentivo. Desde o agravamento da crise financeira mundial, em setembro do ano passado, a Petrobras viu ruir seus principais contratos na área. O principal deles estava assinado com a Honda, que substituiria a Williams como parceira na Fórmula 1. A montadora japonesa, no entanto, optou por deixar a categoria, e a estatal não conseguiu chegar a um acordo com a Brawn GP, que assumiu o espólio da equipe. No Brasil, o programa de automobilismo sofreu uma nova perda. A partir de uma decisão interna, a Petrobras deixou a Copa Nextel Stock Car para investir no Itaipava GT3 Brasil. Para piorar, viu a relação de 25 anos com o Flamengo chegar ao fim depois de o clube desistir de buscar certidões negativas de débito que garantiriam um novo contrato. Após tudo isso, encontrou espaço para investir no projeto da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), que pretende ampliar sua base de praticantes com uma copa nacional de estudantes. Segundo a Petrobras, o fato de o aporte ser destinado a uma entidade que já é parceira (a modalidade recebe R$ 2,8 milhões anuais da estatal) não indica que esse modelo de projeto será privilegiado. ?Tudo isso vai depender da análise. Essa proposta chamou a nossa atenção porque reúne tudo que nós queremos. Mas isso não quer dizer que faremos só com quem já conhecemos. Nós estamos abertos?, disse Luz.

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