A Procter & Gamble (P&G) anunciou no dia 28 de julho um acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para ser patrocinadora dos Jogos Olímpicos até 2020. Esse negócio terá implicação direta na atuação do grupo no Brasil, que será reforçada e redirecionada nos próximos anos. Ainda incerto, o projeto incluirá a criação de um time de atletas patrocinados.
Atualmente, a P&G trabalha globalmente para montar a estratégia de comunicação desse patrocínio. O contrato com o COI envolve 22 marcas, mas o primeiro passo que a empresa precisa dar é definir quais delas serão utilizadas e como cada uma poderá aproveitar os Jogos Olímpicos.
A partir disso, a ideia é buscar contratos que se ajustem aos ideais de cada produto. “A Always, por exemplo, é uma marca voltada ao público feminino teen. Portanto, precisa ter atletas ou estratégias direcionadas a esse perfil. Se eu pegar a Duracell, em contrapartida, preciso priorizar atletas de performance e de resistência, que são os atributos principais da marca”, explicou Paulo Koelle, diretor de marketing da P&G no Brasil.
Uma proposta certa é a criação de um time de atletas patrocinados. O grupo deve priorizar nomes novos e que tenham condições de estar nos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro.
“Nós pensamos em ter uma nova geração da Gillette Champion em 2012. O patrocínio à seleção brasileira está muito legal, mas hoje estamos querendo montar um time olímpico. Vamos buscar nomes do atletismo, da natação, do golfe, do tênis… estamos avaliando quais são os futuros medalhistas”, explicou José Cirilo, diretor de marketing da Gillette. “Na natação, por exemplo, queremos a geração até pós-Cielo”, completou.
A única dúvida da P&G sobre o time de atletas é a marca que será usada. Existe uma proposta para fazer isso com selo da Gillette, mas a companhia também pode optar por uma equipe que represente todos os produtos.
Com exceção dos atletas, ainda é incerto o foco dos patrocínios da P&G para o mercado brasileiro. A empresa pretende estabelecer parcerias de “mbito nacional em modalidades olímpicas para aproveitar o interesse crescente despertado pelos Jogos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. Há propostas de aportes para confederações e até para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
“Vamos fazer contratos nacionais, e tudo isso está na mesa agora. São conversas que ainda estão no início e que dependem, evidentemente, do nosso planejamento para cada marca”, adicionou Koelle.
Outra ideia que parece certa, mas que depende de alguns detalhes, é a reedição do modelo usado pela P&G no aporte ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês). A companhia realizou campanha focada nas mães de atletas com o slogan “Thank you, mom” (“Obrigado, mamãe” em tradução livre).
“O Brasil já está falando de Copa do Mundo de 2014 e de Olimpíada de 2016 com muita intensidade, mas ainda temos uma oportunidade de começar um trabalho em 2012. Precisamos pensar que o esporte é um segmento din”mico e que quem está no topo hoje pode não estar amanhã. Precisamos nos adaptar e buscar quem nós podemos representar. Essa campanha com as mães é uma boa medida”, disse o diretor da P&G.