Em 2011, durante uma entrevista com a Máquina do Esporte, o então piloto de teste Lotus, Luiz Razia, lamentou a dificuldade de conseguir patrocinadores para se manter na Fórmula 1. O piloto, de fato, não se manteve na principal categoria do automobilismo mundial, mas, hoje, ele conseguiu uma maneira alternativa de faturar e de se manter próximo ao mercado.
O piloto se juntou à agência Rockset Produções para criar o Kart Power Team, um evento corporativo de corrida de kart. No próximo fim de semana, será realizada a terceira edição do evento neste ano, mais uma vez no kartódromo do Beto Carreiro, Santa Catarina.
Razia não abriu diretamente o quanto fatura com o evento, mas deixou a questão em segundo plano. “O modelo de negócio nem é tão enriquecedor assim, mas gera relacionamento. E tudo na vida é relacionamento, é o que abre portas”, afirmou.
Em cada evento, abre-se inscrições para 108 pilotos. A preferência é para empresas que compram o direito de colocar funcionários e colaboradores em uma pista ao lado de um piloto profissional, com passagem pela Fórmula 1. Quando inscrições não são completadas, abre-se para o público geral, a R$ 240.
Além das inscrições, o evento ainda fatura com patrocínios. A Nissan, por exemplo, usa o evento para disponibilizar o carro esportivo GT-R a um público premium. Os interessados podem dar uma volta na pista com o veículo, como test-drive.
Para o próximo ano, um dos objetivos do piloto brasileiro é levar o Kart Power Team a São Paulo, onde há maior concentração de empresas. “Os kartódromos de São Paulo são bastante fechados para o evento que fazemos, com alterações de kart e outros carros na pista. Mas em 2016 deverá acontecer alguma etapa na cidade”, completou.