A três jogos do fim do Campeonato Brasileiro, não é apenas dentro de campo que o Guarani admite ter falhado. A estratégia de firmar acordos pontuais para partidas individualmente, de forma que pudesse ser arrecadada mais verba, não agradou completamente dirigentes do clube de Campinas. Prova disso é que a equipe fechou um contrato válido até o fim de sua participação na competição nacional.
A ideia inicial do Guarani era deixar espaço em seu uniforme para patrocínios pontuais. Assim, esses locais poderiam ser alugados para empresas oriundas da mesma região que os rivais do clube. A diretoria passou a oferecer a camisa para empresas situadas nas cidades em que os paulistas foram atuar e nas regiões que tiveram transmissão das partidas da equipe.
A avaliação é que a estratégia não funcionou tão bem quanto se esperava no planejamento inicial. “A ideia era vender propriedades sempre, mas ter acesso às empresas locais de cada região não é tão fácil”, lamenta o diretor de marketing do Guarani, Mercival Piron.
Como o plano não deu certo, o Guarani apresentou no último fim de semana o novo patrocinador máster da equipe. Trata-se da CPN Engenharia, que fechou contrato com o clube para as três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Valores não foram revelados.
Ainda assim, a estratégia de acordos pontuais com empresas da região dos rivais não será totalmente abandonada. De acordo com Piron, conseguir contratos com marcas do Rio de Janeiro não é tão complicado, e a diretoria trabalha com a possibilidade de até duas vendas para o confronto com o Fluminense (20 de novembro).
Determinadas área do Nordeste ou de Goiás, entretanto, demonstraram-se difíceis de penetrar por parte do clube do interior de São Paulo. “Nós queríamos trabalhar a cota máster como mídia de oportunidade, levar isso à mídia local, mas não deu”, conclui Piron.