Polícia Federal da Suíça faz operação em sede da Uefa

Gianni Infantino, presidente da Fifa, que estaria envovido

A Polícia Federal da Suíça realizou operação de busca e apreensão na sede da Uefa, em Nyon, para analisar os contratos de direitos de TV citados nos Panamá Papers, documentos sobre offshores em paraísos fiscais vazados nesta semana na imprensa.

Em comunicado enviado à agência France Presse, a Uefa reconheceu que a polícia suíça “agindo com um mandado de busca pediu para ver os contratos firmados com a Cross Trading/Teleamazonas”.

A federação que gere o futebol europeu afirmou que forneceu todos os papéis solicitados e que colaborou com os agentes.

O atual presidente da Fifa, Gianni Infantino, estaria envolvido nos Panamá Papers em uma lista que contém nomes de indivíduos e empresas que administram seu patrimônio através de offshores.

Segundo informações divulgadas, na época em que atuou como dirigente da Uefa, Infantino intermediou os contratos de direitos de TV com uma sociedade offshore por um valor bem abaixo do mercado.

Os contratos teriam sido assinados com a Cross Trading, dos empresários argentinos Hugo e Mariano Jinkins, que compraram direitos de TV por US$ 111 mil e os revenderam por US$ 311 mil.

Os empresários são acusados pela Justiça dos Estados Unidos de terem pagado subornos no escândalo de corrupção que abalou a Fifa.

Nesta terça-feira, a Uefa reagiu alegando que à época “não eram conhecidos os verdadeiros proprietários da empresa”.

Os Panamá Papers são resultado de uma grande investigação jornalística divulgada no último domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Na investigação, são destacados os nomes de 140 políticos de todo o mundo (inclusive do Brasil).

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