Política muda marcas nos clubes em 2018 e pode “bagunçar” mercado

Foto: Reprodução

Mudanças nos comandos dos clubes, outras no foco de atuação das empresas e ainda o término de contratos em dezembro devem fazer com que, em 2018, o futebol assista a uma troca maior na lista de fornecedores de material esportivo, dando sequência a um processo que iniciou no pós-Copa.

As próximas duas semanas serão vitais para definir os futuros fornecedores de dois grandes clubes: Santos e Vasco. O primeiro já havia decidido trocar a operação conjunta com a Kappa pelo fornecimento da Umbro. Mas a mudança na presidência, em dezembro, fez o negócio voltar para trás.

José Peres, novo mandatário santista, reclamou dos valores que serão pagos pela Umbro (cerca de R$ 2,5 milhões em dinheiro ao ano). O fornecedor, que começaria em março, pode ter o contrato rescindido antes mesmo de começar.

Já o Vasco, que ainda espera a Justiça para definir quem será o novo presidente, deve anunciar em breve a troca da Umbro pela Diadora. O negócio é baseado na experiência do Santos com a Kappa, em que o clube era o dono do negócio, comprando direto do fornecedor os uniformes e revendendo para o consumidor.

A inspiração vascaína vem do sucesso que o Paysandu tem tido no Norte do país, com o uso de uma confecção própria. O clube paraense tem obtido alta receita produzindo e vendendo o próprio uniforme, chegando a ganhar mais de R$ 5 milhões por ano.

Assim, agora, clubes de proporção nacional tentam mudar a forma como trabalham a relação com o material esportivo.

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Outro clube que está prestes a anunciar novo fornecedor é o Sport. O contrato com a Adidas venceu, e o time pernambucano está próximo de anunciar um novo fornecedor. Especula-se que a Under Armour possa entrar, mas só a partir de junho. Por enquanto, o Sport deve jogar sem uma marca na camisa.

A empresa americana é outra que também pode mudar os parceiros no ano que começa. Fornecedora de Fluminense e São Paulo, a empresa corre o risco de sair do clube paulista, que publicamente já declarou tentar achar um novo patrocinador, mas não tem tido sucesso na busca por um substituto.

As mudanças que se avizinham podem ser explicadas pela forma como as marcas têm trabalhado depois da Copa do Mundo no Brasil. Adidas e Nike reduziram o apetite sobre os times do país. Under Armour e Umbro, por outro lado, ampliaram a atuação. Agora, com os novos mandatos nos clubes, a tendência é de que outras marcas apareçam no cenário nos próximos meses.

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