A Ponte Preta colocou o sistema jurídico do clube para trabalhar. O time acionou a justiça e ganhou o processo contra a EA Sports, que produz o jogo de videogame da Fifa e a Dotz, que possui um programa de pontos, pelo uso indevido da imagem do clube.
No caso da EA Sports, a empresa inseriu no jogo Fifa 2013 os nomes “Ponte Preta C.” e “P. de Campinas” ( o nome variava durante o jogo) e o uniforme do clube sem antes negociar com a Ponte Preta.
“Somente o fato de terem utilizado o nome Ponte Preta já é violação, haja vista que este nome pertence à Ponte Preta. De mesmo modo, foram utilizados os nomes e, em boa parte, a imagem dos jogadores titulares e a maioria absoluta deles possuía ou ainda possui contrato de licenciamento de imagem com a Ponte Preta, portanto este outro direito da Ponte também foi violado”, disse João Felipe Artioli, advogado do clube.
Após o processo, a EA Sports acertou o pagamento dos valores devidos e ainda fechou com a Ponte Preta o uso da imagem do clube pelos próximos cinco anos.
A ação movida contra a Dotz foi motivada pelo uso indevido do brasão da Ponte Preta no “programa Dotz”, um bolão promovido pela empresa. Na promoção, o usuário se inscrevesse no sistema e acertasse o placar do clássico contra o Guarani ganhava pontos que poderiam ser trocados por produtos.
“Portanto, o lucro deles era voltado para quem se inscrevia no sistema de pontos Dotz, quanto mais gente, mais lucro. Neste sentido, se utilizaram do símbolo sem a outorga de licença para fins comerciais, o que é ilegal”, esclareceu Artioli.
A Ponte Preta também ganhou o processo contra a Dotz, que terá que pagar o clube.
“Os atos de proteção à sua marca que a Ponte Preta vem adotando visam não apenas a garantir os direitos da instituição, mas impedir com cada vez mais rigor a ação de pessoas que pirateiam produtos com a marca Ponte Preta. Trata-se do primeiro time de futebol do Brasil em funcionamento ininterrupto, uma instituição que merece respeito à sua imagem”, finalizou o advogado.