Por competitividade, Fórmula 1 adotará teto de gastos em 2021

As mudanças na Fórmula 1 promovidas pelo grupo Liberty Media desde que assumiu o controle da categoria alcançarão um novo patamar a partir da temporada de 2021. A empresa anunciou que, daqui pouco mais de um ano, as equipes terão que assumir um limite de gastos de US$ 175 milhões por ano.

A ideia do fundo de investimentos americano, com essa limitação, é aumentar a competitividade da F1 a partir da criação de um padrão de gastos para as equipes. Nos últimos seis anos, já contando 2019, a Mercedes venceu o Mundial de Construtores e de pilotos.

Desde 2014, só dá Mercedes como campeã do Mundial de Construtores e também de pilotos (Foto: Reprodução)

“É um momento decisivo que ajudará a oferecer provas mais emocionantes. Atualmente, o gasto total das equipes varia enormemente, com um abismo entre os mais ricos e os mais pobres. O poder aquisitivo tende a ter um correlação direta com a competitividade da Fórmula 1”, afirmou Chase Carey, CEO da categoria.

O projeto da Liberty é baseado no teto de gastos que as principais ligas esportivas americanas impõem aos seus times, como a NFL e a NBA. Nos últimos meses, o grupo gestor da F1 se reuniu com os principais executivos das escuderias para entender como funcionava o cotidiano da gestão dessas equipes. A conclusão que os executivos da investidora chegaram foi de que as equipes que são vinculadas a montadoras ou marcas têm gastado muito mais que esse limite. Às vezes, o dobro.

A meta, agora, é, nas palavras da Liberty, “encontrar o que foi considerado o limite certo para alcançar os objetivos de garantir sua sustentabilidade e estabilidade a longo prazo e promover o equilíbrio competitivo e a equidade esportiva”.

Em um comunicado, a Fórmula 1 explicou que, com o teto de gastos estabelecido, as equipes focarão o investimento anual no desenvolvimento de tecnologia. Além disso, para cada Grande Prêmio incluído no calendário, será possível gastar US$ 1 milhão a mais. Se o calendário não tiver 22 provas como as planejadas para 2020, as equipes reduzirão os investimentos na mesma proporção determinada.

O não cumprimento das regras causará sanções tanto econômicas quanto esportivas. As equipes não poderão demorar para entregar as contas nem exceder o limite de gastos acima de 5%. As penas podem variar desde a redução do teto de gastos para o ano seguinte até a proibição de competir.

Para reduzir os custos, a FIA deve mudar as regras aerodinâmicas para simplificar os carros e reduzir as diferenças entre as equipes. Além disso, as corridas passarão a ter menos tempo de duração. Em vez de cinco dias no total, acontecerão em três datas. 

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