O Atlético Paranaense ainda não sabe qual caminho irá seguir para incluir a Arena da Baixada na Copa do Mundo de 2014. Após reunião com o conselho deliberativo, realizada na última terça-feira (31), nenhuma decisão foi tomada, mas a entrada da construtora OAS no negócio é tida como a solução mais viável para o clube.
A reforma da arena foi orçada, ainda em 2008, em R$ 135 milhões. Governo do Paraná, prefeitura de Curitiba e clube rubro-negro decidiram, então, dividir esse valor em três partes de R$ 45 milhões. Neste ano, contudo, esse número foi elevado a R$ 220 milhões, e ainda não se sabe quem irá custear o excedente.
As justificativas para o aumento de R$ 85 milhões no preço da obra são as novas exigências feitas pela Fifa e o crescimento do ramo da construção civil. Vale lembrar que em 2008, quando o primeiro orçamento foi feito, o mundo vivia crise econômica generalizada, e essa área havia sido fortemente afetada.
O presidente do Atlético-PR, Marcos Malucelli, no entanto, não está disposto a bancar mais do que os R$ 45 milhões que tinham sido combinados. Está em análise, agora, a entrada de construtora no negócio para desembolsar a verba para reformar o estádio. OAS, Triunfo e outra empresa, não revelada, estão interessadas.
A construtora que está mais avançada, segundo apurou a Máquina do Esporte, é a OAS. A conselheiros do clube paranaense, a empresa parece mais confiável, tanto pelo próprio porte, quanto por já ter experiência com Copa do Mundo. A arena do Rio Grande do Norte, o estádio das Dunas, está sendo construída pela OAS.
Em relação a prazos, o Atlético-PR pediu às construtoras para que enviem os projetos até o fim deste mês, para que as obras comecem em dois meses. A KPMG, consultoria que está investindo na área de estádios no Brasil para aproveitar a demanda gerada pela Copa, irá auxiliar o clube rubro-negro na escolha da proposta.
Embora a entrada de construtora para viabilizar financeiramente a Arena da Baixada na Copa de 2014 pareça a solução mais razoável, ainda há movimentos contrários dentro do clube. Mário Celso Petraglia, ex-presidente da equipe, argumenta que o Atlético-PR deveria bancar os custos e garante saber como fazê-lo.
Na reunião da última terça, contudo, o cartola se restringiu a renovar as promessas, em vez de apontar exatamente qual deve ser o caminho a ser tomado. Dividir os encargos com construtora significa perder parte das receitas posteriores com a arena, mas seguir sozinho também pode endividar o clube excessivamente.