Por mercado asiático, Campeonato Espanhol poderá ter jogo às 14h

Cristiano Ronaldo em jogo do Real Madrid pelo Espanhol

A direção da Liga de Futebol Profissional da Espanha pretende marcar jogos às 15h e até às 14h para aumentar a arrecadação com direitos de TV. A ideia é adequar o horário dos jogos ao mercado asiático, visto como a nova galinha dos ovos de ouro para os gestores do campeonato.

A meta da liga é aumentar o faturamento com as cotas de TV para € 1 bilhão. Hoje, a liga recebe € 600 milhões na Espanha e mais € 200 milhões com a venda dos direitos para o exterior. Diante do interesse de vários países asiáticos no campeonato, acredita-se que esse número possa chegar a até € 600 milhões.

Nesta quarta, haverá Assembleia Extraordinária da LFP em Vigo, com a presença de Miguel Cardenal, presidente do Conselho Superior de Esportes, e Javier Tebas, mandatário da LFP, em que será divulgada a nova partilha da arrecadação com a venda de cotas de TV.

Entre os clubes, a ideia é polêmica. Florentino Perez, presidente do Real Madrid, foi um dos primeiros a levantar a voz. Mas o dirigente merengue não estava contra a mudança de horário, apesar de o Real Madrid ter se acostumado, na atual temporada, e jogar às 16h e às 18h. A preocupação do cartola é não reduzir a reparte do clube. As equipes menores reclamam, há algum tempo, da excessiva concentração de renda para Real Madrid e Barcelona, o que diminui a competitividade do torneio.

Caso seja aprovada, a ideia pode influenciar uma mudança nos costumes nas outras ligas importantes da Europa (Inglaterra, Itália e Alemanha).

Os investidores asiáticos são parceiros de 10 dos 20 clubes da elite espanhola. Dois deles, Valencia e Málaga, foram comprados por investidores asiáticos. Outros oito contam com patrocínios de empresas do continente, incluindo Emirates e Qatar Airways, que estampam seus logos respectivamente na camisa de Real Madrid e Barcelona. O clube de Madri também assinou recentemente acordo com a IPIC (Internacional Petroleum Investment Company), um fundo de investimento do governo de Abu Dhabi, para bancar a reforma do Santiago Bernabeu. A companhia terá o direito dos naming rights da nova arena. 

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