A cidade de São Paulo recebeu na última quinta-feira (1) o primeiro evento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro voltado exclusivamente para o varejo. A escolha da praça foi cuidadosamente planejada pelo Comitê do Rio 2016: a plateia estava repleta de empresários com potencial de investimentos na área de licenciamentos da competição.
Além de uma série de palestras que mostraram as possibilidades de legado olímpico para o Rio de Janeiro, um showroom com cerca de três mil produtos já desenvolvidos foi montado no Centro de Convenções Rebouças, local do roadshow, para persuadir os convidados.
“Aqui (em São Paulo) está concentrado o dinheiro, estão as grandes redes varejistas. Fizemos questão de iniciar essas apresentações em São Paulo por uma questão estratégica de mercado”, disse Sylmara Multini, diretora de licenciamento e varejo do Comitê Rio 2016.
Há uma outra edição do encontro com varejistas marcada para o dia 14 de outubro no Rio de Janeiro. Para bater a meta de 70 contratos no setor de licenciamentos, ainda falta a assinatura de 18 parcerias e o desenvolvimento de outros cinco mil produtos, totalizando 13 mil até o início das Olimpíadas.
Apesar da crise econômica, o objetivo ainda é faturar R$ 1 bilhão com licenciamento. “Se os Jogos acontecessem hoje, esse número poderia sofrer um acréscimo, o dólar alto seria favorável neste caso. A crise existe, claro, mas não afeta o nosso planejamento”, completou a executiva.
O planejamento inclui a expansão da marca dos Jogos para além das fronteiras cariocas. Nos próximos dez meses, a agenda deve contemplar a cidade de São Paulo e outras praças com mais frequência.
“Vamos vir cada vez mais. E vamos a Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, aonde for preciso. Estamos num esforço conjunto para transformar o Brasil em um país olímpico”, afirmou Mário Andrada, diretor de comunicação do comitê.