Por negócios, Clipper Race aposta no Brics

Os barcos da Clipper 2011-12 Round the World Yacht Race estão, nesse momento, parados no Rio de Janeiro, onde ficarão por uma semana. A competição, realizada apenas com velejadores amadores, é organizada por empresas que querem fazer relacionamento com clientes e parceiros. Por isso mesmo, a presença do Brasil tem sido requerida para os envolvidos.

Quem garante é o diretor de marketing da disputa, Neil Jenkinson, responsável por captar os patrocínios da prova. “Hoje o Brasil é um dos países mais importantes do mundo, assim como os outros países do Brics. É aqui que as pessoas querem fazer negócios”, afirmou o executivo à Máquina do Esporte.

O Bric é o grupo de países emergentes no atual cenário econômico mundial, formado por Brasil, Rússia, Índia e China. O ‘s’ que se juntou à sigla se refere à África do Sul, que foi incorporada ao grupo neste ano. Na Clipper Race, o país africano também tem uma parada. A China se vê próxima com a presença de Cingapura. Já a Índia aparece com a presença de empresas do país.

O sucesso da Cliper Race se deve à capacidade de seus organizadores em transformar o evento em uma plataforma de negócios. A competição em si é realizada por amadores e não conta com uma cobertura intensa de mídia. Ainda assim, ela consegue ser bem-sucedida, o que para o cenário de marketing esportivo no Brasil parece ser uma realidade distante.

Para Jenkinson, o desafio é saber dar o melhor suporte para o que cada empresa precisa e fazer com que a proposta oferecida realmente valha a pena. “Temos que ser uma plataforma que dê suporte para as empresas desenvolverem sua área de atuação. Lidamos com pessoas nas provas, pessoas que se relacionam”, afirmou.

O executivo brit”nico aponta que esse tipo de desenvolvimento é perfeitamente possível de ser atingido no Brasil, reforçando o momento de crescimento econômico no qual o país vive. Além disso, os grandes eventos esportivos que se sucederão no país devem puxar a oportunidade de marcas se relacionarem por meio do esporte.

Um caso notável da corrida de barcos está no banco holandês De Lage Landen, que possui um barco com o mesmo nome na Clipper Race. A empresa tem usado a competição para integrar seus escritórios espalhados pelo mundo. No Brasil, eles possuem um funcionário da sede de Porto Alegre que compõe o grupo de velejadores.

Essa é a sexta edição da Clipper Race, que surgiu em 1996. Há velejadores de 40 países, que viajam 40 mil milhas náuticas ao redor do mundo. Nesta semana, eles embarcaram na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, após saírem da Madeira e cruzarem o Atl”ntico. Na próxima semana, a viagem segue até a África do Sul.

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