Ronaldinho, já como jogador do Flamengo
Quanto valeria o Flamengo em 2011 sem Ronaldinho Gaúcho? Quanto a marca do clube se valorizou com a chegada do jogador? Essas questões têm sido levantadas não só pela imprensa e por torcedores, mas pelo próprio marketing da equipe rubro-negra, que agora tenta valorizar as cifras que antes eram debatidas.
A primeira empresa que deverá sofrer com essa questão é a TIM. A companhia de telefonia móvel já havia acertado com o Flamengo um contrato de R$ 2,2 milhões para exposição da marca na numeração do uniforme, mas faltava a aprovação do conselho do clube, um procedimento padrão e que, normalmente, é meramente burocrático na Gávea. Por coincidência, a apresentação de Ronaldinho foi no mesmo dia da cerimônia, que terminou cancelada.
Agora, o Flamengo cogita mudar o valor do contrato, apostando na valorização da marca do clube com Ronaldinho Gaúcho. A empresa não será a única que verá o uniforme inflacionado. As negociações para patrocinador máster também devem sofrer alterações, já que o clube entende estar vivendo uma situação distinta da vivida no fim de 2010, quando as conversas tiveram início.
Por contrato, Ronaldinho terá direito a 50% do valor excedente ao que o Flamengo ganhou com patrocinadores de camisa em 2010, uma soma que chega a R$ 28 milhões. No entanto, mesmo com as novas negociações, o próprio Flamengo admite que não há um valor ainda estipulado como meta para se chegar em 2011, já que o clube ainda calcula o tamanho da valorização alcançada com o jogador.
Oficialmente, o diretor de marketing do Flamengo, Harrison Baptista, afirma que a situação vivida está longe de ser uma surpresa. “Negociamos com o Ronaldinho desde março, abril do ano passado. No último mês, sabíamos que havia uma boa possibilidade de fechar o negócio, portanto sua contratação fazia parte das conversas com as empresas interessadas”, afirmou.
Sem Ronaldinho, no entanto, o marketing do Flamengo admitia até a possibilidade de desvalorização do uniforme do time para esse ano, chegando a um valor de patrocínio máster em cerca de R$ 21 milhões, R$ 3 milhões a menos do que o clube recebia da Batavo.