Durante a coletiva de imprensa organizada na última terça-feira (19) para apresentar o novo técnico, Té Barbosa, o presidente do Assis Basket, Joaquim Carvalho Motta Junior, deixou clara a insatisfação com a falta de público no ginásio durante o Novo Basquete Brasil (NBB). Com média de 415 torcedores por jogo, o mandatário quer mais.
A razão da escassez de público, na visão da direção da equipe, é a cobrança pelos ingressos, algo que foi introduzido nesta temporada para tentar ampliar receitas. O desempenho do time, que finalizou a participação na terceira edição do torneio nacional no último lugar, também é considerado, mas entradas grátis são prioridade.
Para que os tíquetes voltem a ser gratuitos, porém, o clube precisará suprir essa fonte de recursos com outra maneira de angariar verba. Embora seja a equipe que menos arrecadou entre as que cobram pelo ingresso, com R$ 3,2 mil obtidos em 14 partidas, Carvalho afirmou que precisa viabilizar a gratuidade ao fechar negócios com parceiros.
“O presidente passa, a partir da semana que vem, a renovar contratos de patrocínio, conversar com empresários, patrocinadores, colaboradores, e aí vamos para a fase de retomada das entradas de graça”, conta Marcus Gil, diretor de marketing do Assis, que lamenta ter de voltar ao modelo antigo, mas não vê outra saída.
Uma das iniciativas do clube que terá de ser remodelada é o programa de sócios-torcedores. Nesta temporada, um dos principais chamarizes para que o público se tornasse associado era justamente a possibilidade de conseguir ingressos para todos os jogos. Com a gratuidade, mudanças terão de acontecer.
“Dessa vez, vamos agregar valor ao sócio-torcedor”, prossegue o diretor. “O único jeito de comprar nosso mascote de pelúcia, de 30 centímetros, será por meio da associação”. O intuito é, com esse benefício e outros, como camiseta promocional e cartão magnético para entrar no ginásio livremente, compensar a filiação.
A meta é conseguir 500 adesões, a R$ 100 anuais cada, antes do início da quarta edição do NBB, prevista para outubro deste ano. Ao ceder benefícios, obviamente, parte do valor arrecadado seria usado para bancar a confecção desses produtos, mas Gil estima que apenas 40% do faturamento com sócios seria comprometido.