Por união, Internacional admite trocar de lado

“A divisão enfraquece”, define executivo-chefe do clube gaúcho

O Clube dos 13 está ameaçado. Com as saídas de Corinthians, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo e Coritiba, a entidade responsável por negociar direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro perde argumentos na busca pela valorização para o triênio de 2012 a 2014. Esse cenário pode mudar a posição de remanescentes.

O Internacional, a princípio, mantém-se ao lado do Clube dos 13 e do presidente Fábio Koff, em quem votou na última eleição, realizada em 2010. Mas, caso mais times decidam seguir o Corinthians e o quarteto carioca, o clube gaúcho, em prol da união e da venda coletiva dos direitos, pode repensar a própria posição a respeito.

“Estamos olhando tudo com muita cautela, entendendo que clubes precisam chegar a um entendimento”, afirma Aod Cunha, executivo-chefe do Internacional, à Máquina do Esporte. “A divisão enfraquece, então os clubes têm de achar um caminho para se unir, seja como Clube dos 13, seja como liga”.

A referência do dirigente do time colorado para pregar a união entre equipes vem justamente da Europa, onde Barcelona e Real Madrid negociam direitos televisivos separadamente e têm ampla vantagem financeira sobre rivais. “Os dois se beneficiaram, mas o conjunto perdeu, e é isso que o Inter quer evitar”, argumenta.

De qualquer maneira, o Internacional segue ao lado do Clube dos 13 e pretende participar do processo de licitação dos direitos do Brasileiro. “Hoje, evidentemente, diante dos fatos, nós tomamos decisão conjunta de ir à sede do Clube dos 13, na manifestação do edital, convencidos de que a negociação coletiva é melhor”, finaliza Cunha.

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