Portugal pode ter mais times e patrocínio de apostas

O Campeonato Português poderá ter, a partir da próxima temporada, um maior número de clubes, a abertura para o patrocínio na camisa das casas de apostas e a mudança no sistema de negociação do contrato de televisão. Pelo menos essas são as principais medidas que devem ser tomadas por Mário Figueiredo, que tomou posse na última segunda-feira como presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

O novo presidente da liga, que ficará no comando até 2014, afirmou que pretende de imediato ampliar para 18 clubes na Primeira Divisão do campeonato (atualmente são 16 clubes na elite) e mudar o sistema de negociação dos direitos de TV, fazendo com que o negócio passe a ser discutido coletivamente, sem privilegiar os grandes Benfica, Porto e Sporting, como acontece hoje.

“Vamos propor aos clubes o estabelecimento de um novo mecanismo de negociação coletiva dos direitos televisivos, procurando aumentar as receitas totais e parciais. Vamos, com esse acréscimo de receitas, pugnar pelo estabelecimento de mecanismos de solidariedade e de um fundo transitório de apoio à descida de divisão”, afirmou Figueiredo em seu discurso de posse.

Outro ponto considerado essencial pelo executivo durante a cerimônia realizada na cidade do Porto foi a de barganhar, junto ao governo, a permissão para que os times possam ser patrocinados por casas de apostas. De acordo com Figueiredo, não é possível que os clubes locais fiquem sem esse tipo de receita.

“Defenderemos, de forma empenhada e intransigente, a atribuição aos clubes das receitas da publicidade das apostas online. O governo português, ou melhor, os sucessivos governos desde pelo menos 2005, têm de conseguir explicar-nos por que razão o Real Madrid, o Bayern de Munique, o Olympique de Lyon, a Federação Internacional de Basquetebol e tantos outros podem recorrer a patrocínios de apostas desportivas e Portugal não pode. Das quatro maiores Ligas do mundo somos a única que não pode”, disse.

Com a crise na Europa, o os sites de apostas têm sido um dos poucos a não retirarem ou diminuírem o aporte no patrocínio esportivo. Em Portugal, a Liga Portuguesa já teve o patrocínio da BWin, mas o acordo foi encerrado após decisão do governo de proibir qualquer promoção de jogos de azar no país.

Outra medida prometida por Figueiredo durante a cerimônia de posse foi a de promover uma maior internacionalização da Liga Portuguesa. Atualmente, no Brasil, o Campeonato Português é transmitido pelo BandSports e pelo Sportv. 

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