Portugal usa novo acordo com Nike para erguer CT

A Federação Portuguesa de Futebol celebrou, na última segunda-feira, a renovação do acordo de patrocínio com a Nike até 2018. A renovação com a fabricante americana foi comemorada pelo presidente da FPF, Fernando Gomes, por tornar viável a construção da Cidade do Futebol, como foi chamado o Centro de Treinamento das seleções portuguesas de futebol e que deve ficar pronto no segundo semestre de 2015. 

“Com esse acordo, poderemos construir a Cidade do Futebol sem recurso a um cêntimo do investimento público”, afirmou Gomes durante a entrevista coletiva para a imprensa em que foi celebrada a renovação do vínculo com a Nike, existente desde 1997.

Os valores do acordo com a multinacional americana não foram revelados, mas devem beirar os 10 milhões de euros ao ano, que é menos da metade do que a Nike paga à seleção brasileira, tida como uma das principais propriedades patrocinadas pela empresa no futebol. 

O custo do projeto da Cidade do Futebol é de 10 milhões de euros, sendo que, no início do ano, quando designou o escritório de arquitetura responsável pela obra, a federação havia dito que já tinha obtido 40% do financiamento necessário para erguer o complexo de campos de treinamento e alojamento aos atletas. 

Essa verba foi conseguida graças a fundos de investimento da UEFA (que pagará 3 milhões de euros) e da Fifa (que doará 1 milhão) para o desenvolvimento do futebol. De acordo com a FPF, a criação de um local único de treinos ajudará na criação de times competitivos de futebol feminino e futsal. 

A ajuda às outras seleções portuguesas (categorias de base e feminina, além do futsal) é outro motivo apontado por Fernando Gomes como benéfico do novo acordo com a Nike. De acordo com o dirigente, parte da verba obtida no contrato servirá para bancar os custos das seleções “não lucrativas”, hoje na casa dos 7 milhões de euros.

O acordo com a multinacional americana também permitirá que a federação diminua a dependência do dinheiro público para sua manutenção. Segundo Fernando Gomes, o negócio permitirá que apenas 2% da verba anual da FPF seja oriunda de recursos da iniciativa pública.

“O peso do financiamento público no total das receitas agora deve decrescer ainda mais, situando-se hoje em menos de 2%”, afirmou Gomes.

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