A prefeitura deve publicar edital até o fim de fevereiro e oficializar um pacote de benefícios fiscais para viabilizar a construção do estádio de Itaquera, obra do Corinthians que foi escolhida para sediar a abertura da Copa do Mundo de 2014. O plano inclui dedução de impostos e certificados de incentivo ao desenvolvimento (CIDs), que podem representar até 60% do valor da construção.
A concessão de incentivos torna mais simples a equação do estádio. O Corinthians havia divulgado um projeto de arena para 48 mil espectadores, com participação da construtora Odebrecht, mas a Fifa exige um mínimo de 65 mil lugares para a abertura da Copa do Mundo de futebol. Portanto, existia um mistério sobre o financiamento da parte restante.
Com o plano de incentivos fiscais, o custeio da obra passa a ser uma operação mais simples. O projeto da prefeitura de São Paulo faz parte de um plano de desenvolvimento para a região de Itaquera, bairro da Zona Leste em que o estádio será erguido.
A obra alvinegra terá direito, por exemplo, a 50% de isenção no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), 60% de desconto no Imposto Sobre Serviços (ISS) e 50% de redução no Imposto sobre Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI).
Além disso, o Corinthians poderá usar os CIDs. Esses papeis atingem até 60% do valor total da obra, são emitidos pela prefeitura e têm validade de dez anos.
Os CIDs são importantes porque servirão como moeda de troca para o Corinthians, que só poderá utilizar os benefícios fiscais depois que o estádio estiver concluído. A saída, portanto, será a negociação desses papéis no mercado.