O Botafogo deve perder o seu desejado parceiro para fazer um time de vôlei e disputar a Superliga. Após chegar a afirmar que o contrato estava “80% acertado”, o clube viu dirigentes do Volta Redonda relutarem publicamente a ideia. A súbita mudança de opinião tem explicação: um veto oriundo da prefeitura de Volta Redonda, que patrocina a equipe.
O que teria irritado a prefeitura da cidade é que, pelas condições do Botafogo, a cor e o escudo usado seriam do clube alvinegro. Além disso, os principais jogos da equipe seriam na capital fluminense. Para o Volta Redonda, isso seria uma forma de desprestigiar os torcedores conquistados nos últimos três anos.
Para o diretor de esportes olímpicos do Botafogo, Miguel Angelo da Luz, a mudança de direção pegou o clube de surpresa. “Até ontem, as negociações estavam caminhando como eram antes; estava tudo bem. Hoje eu vi as declarações das pessoas de Volta Redonda. Acho que faltou um pouco de jogo de cintura deles”, afirmou.
Apesar de perder seu foco para a parceria, Miguel Angelo afirmou que não pretende desistir da ideia e que ainda está aberto para negociações. A parceria se faz necessária porque, neste momento, o Botafogo tem apenas o patrocínio para tocar o projeto, mas não tem um time de vôlei e nem tempo hábil para formá-lo imediatamente.
A informação que o Botafogo estaria negociando com o Volta Redonda era mantida em sigilo até o colunista de “O Globo”, Renato Maurício Prado, divulgar em sua coluna. A vazão foi um dos fatores que irritou o Volta Redonda, que afirma que a informação não saiu da diretoria da equipe.
O negócio foi abaixo quando o gerente de vôlei do Volta Redonda, Luiz Eduardo Fernandes, deu uma declaração ao jornal Lance!, nesta terça-feira. “A parceria está engavetada. A prefeitura, nosso principal patrocinador, não aceita que ocorra nos termos propostos pelo Botafogo. Hoje, a chance de o negócio é acontecer é zero. A repercussão da notícia foi muito negativa para a nossa torcida”, afirmou.