Museus esportivos são aparatos de grande valor institucional. Entretanto, o mercado dos Estados Unidos já começou a questionar a viabilidade desse tipo de negócio. Afinal, o hall da fama criado pela Nascar, categoria mais popular do automobilismo no país, registrou déficit em seu primeiro ano de atividade.
O projeto custou US$ 200 milhões e foi desenvolvido em Charlotte. No primeiro ano, o prejuízo da operação foi de US$ 1,42 milhão e o público ficou aquém das previsões iniciais.
O insucesso somou-se a outros fracassos recentes, como o Museu do Esporte Americano, que custou US$ 93 milhões e foi aberto em Manhattan há dois anos e meio. O aparato fechou após nove meses, cinco a mais do que a atividade do Museu do Esporte de Los Angeles.
O hall da fama da Nascar fez uma estimativa inicial de ter entre 650 mil e 800 mil visitantes no primeiro ano. Contudo, conseguiu apenas 262 mil.
“É uma indústria nova. Em muitos casos, ainda não crescemos o suficiente para ter atrativos como museus de arte. Sem esse tipo de fundação, você tende a viver mais perto do limite porque não tem grandes fundos para um dia chuvoso”, opinou Mike Gibbons, presidente da associação internacional de herança esportiva (ISHA, na sigla em inglês), em entrevista ao “USA Today”.