Premiação do NBB polariza basquete brasileiro

Giovannoni (à esq.) e Benite (à dir.) foram os mais premiados da noite - Crédito Luiz Pires

Giovannoni (à esq.) e Benite (à dir.) foram os mais premiados da noite – Crédito Luiz Pires

A distribuição dos prêmios do Novo Basquete Brasil (NBB), realizada na noite da última terça-feira (31), confirmou suspeita que já havia sido levantada com a definição dos dois finalistas. O basquete brasileiro, sob aspectos de atletas premiados, colocação final e bilheterias, está polarizado entre Uniceub/BRB/Brasília e Vivo/Franca.

O embate particular entre as equipes foi lembrado por Kouros Monadjemi, presidente da Liga Nacional de Basquete (LNB), durante o discurso de agradecimento a clubes e patrocinadores. “Todo mundo diz que Franca é a capital do basquete, e ela realmente é, mas hoje Brasília também é”, disse”. “Eu queria ver 18 capitais do basquete”.

Entre as premiações, pertencem ao Brasília o Melhor Jogador do campeonato (MVP), Melhor Jogador das finais (MVP) e melhor pivô, Guilherme Giovannoni; o melhor ala e melhor defensor, Alex; e o melhor ataque, com 88,1 pontos por jogo. O clube também foi o que mais arrecadou nas bilheterias, com R$ 492 mil em 21 partidas.

O Franca, por sua vez, levou o prêmio de melhor técnico, Hélio Rubens; e Melhor Sexto Homem, Jogador Que Mais Evoluiu e revelação da temporada, Vitor Benite, atleta que arrebatou mais premiações individuais no evento. Em termos de bilheterias, o time da cidade do interior de São Paulo conseguiu R$ 220 mil, segunda maior renda.

À Máquina do Esporte, Luís Carlos Teixeira, presidente do Franca, afirmou que a equipe não conseguiu ser campeã, mas saiu da terceira edição do campeonato como vencedora, e não teme que o “título” de capital do basquete seja perdido. “Ser capital não depende de ganhar troféus, mas de anos de história e tradição”, disse.

Rodrigo Costa, diretor de marketing do Uniceub, reforçou o intuito da equipe do centro do país de comandar o “renascimento” do basquete no Brasil. “Assim como o rock “n” roll, que decolou na década de 1980 e 1990 com Legião Urbana, Capital Inicial, nós seremos a capital do basquete nessa retomada do esporte”, apontou.

Em termos de patrocínios, nenhuma das duas equipes está totalmente disponível. O campeão Brasília tem contrato de mais um ano com a Uniceub, que também gere o clube, e está em processo de renovação com o banco BRB. Franca, por fim, também possui acordo de longo prazo com a Vivo e está negociando com a Amazonas.

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