Impulsionada pela receita advinda da venda de direitos de TV em outros países, a Premier League atingirá na próxima temporada um recorde na distribuição de receitas de mídia a seus clubes. No grupo líder de faturamento, a diferença chegará a cinco milhões de libras (R$ 13,28 milhões) em comparação com o atual contrato.
O campeão inglês receberá uma cota de 57 milhões de libras (R$ 151,46 milhões) somente por comercialização de direitos de TV. O valor é válido para as próximas três temporadas, e isso deixa a liga livre para negociar outras plataformas.
Na Premier League, o dinheiro arrecadado com a comercialização de direitos de mídia é dividido em três etapas. Os clubes repartem uma fatia (50% do total) em partes iguais, outra (25%) de acordo com o desempenho na temporada anterior e apenas um pedaço (25%) em função de sua popularidade (tamanho de torcida, repercussão, número de partidas exibidas e resultados de audiência).
Esse modelo, que prioriza o equilíbrio de receitas e tende a fortalecer um número maoir de equipes, é uma das bases para a Inglaterra ter atualmente a liga que mais fatura com TV no futebol mundial. A Premier League já soma dois bilhões de euros por ano com a venda desse tipo de mídia.
No próximo triênio, a principal diferença no valor dividido entre os clubes ingleses será o faturamento com a comercialização da Premier League em outros países. A despeito de as autoridades locais não confirmarem, a “Press Association” estima que a receita com esse tipo de contrato subirá de 625 milhões de libras (R$ 1,6 bilhão) para 1,2 bilhão de libras (R$ 3,19 bilhões).
Nesta temporada, cada clube tem uma cota mínima de 13,8 milhões de libras (R$ 36,72 milhões) de TV da Premier League pelo contrato nacional. O montante chega a 17,7 milhões de libras (R$ 47,1 milhões) por direitos vendidos a outros países. Esses valores referem-se apenas aos 50% repartidos igualmente.