Primeira Liga banca dupla Fla-Flu e define novo CEO

Fred Luz, executivo do Flamengo, é o novo CEO da Primeira Liga

Após reunião realizada na noite da última terça-feira (20), a Primeira Liga manteve o calendário que prevê o início da Liga Sul-Minas-Rio para o próximo dia 27 de janeiro, com as presenças de Flamengo e Fluminense.

Os clubes foram ameaçados pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro de multa e até desfiliação caso seguissem no projeto, que não contempla Vasco e Botafogo. O presidente Gilvan de Pinho Tavares anunciou que irá se reunir ainda nesta semana com a entidade carioca para tentar apaziguar os ânimos.

Em nota assinada pelos representantes dos 15 clubes, a Primeira Liga fala evoca a Lei Pelé, o Estatuto do Torcedor e o Código Civil para assegurar sua legitimidade.

“Quaisquer afirmações de que a Primeira Liga não teria obedecido a legislação brasileira não passam de retórica infundada, derivada exclusivamente do medo que impera em algumas entidades de que finalmente os clubes tenham o papel que lhes cabe na organização do futebol brasileiro”, diz o texto publicado no site oficial do Cruzeiro.

A possibilidade de boicote ao Campeonato Brasileiro chegou a ser ventilada após a reunião no Rio de Janeiro, mas foi rechaçada por Fred Luz, diretor do Flamengo e novo CEO da Primeira Liga, em substituição a Alexandre Kalil.

“O Flamengo vai jogar a Liga. Essa reunião apenas ratificou a decisão. Não vejo sentido em boicote. O que está se buscando é na base do diálogo. A CBF sempre se manifestou positivamente à Primeira Liga. E só queremos que ela se manifeste positivamente agora. A Liga demorou para andar justamente porque a CBF tem postergado esse apoio”, explicou o flamenguista ao jornal Extra.

Em entrevista à Máquina do Esporte no início da semana, Walter Feldman, secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que não há impedimento legal para a realização do torneio, mas negou autorização para que ele seja realizado em 2016.

“Não podemos autorizar um torneio que tem muitos conflitos para a sua realização, desde questões estatutárias até o respeito ao calendário. Neste momento, não há uma lacuna na agenda do futebol brasileiro que permita a realização da Liga Sul-Minas-Rio neste ano”, afirma o dirigente.

“Pela Lei Pelé, a Liga tem o direito de existir, mas sem o aval da CBF ela não é oficial. O pássaro pode se casar com o peixe, mas precisa saber onde fazer o seu ninho”, filosofou Feldman.

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