Prisão de Bruno pode afastar patrocinadores

O goleiro do Flamengo, Bruno, teve prisão temporária decretada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (7). Acusado de sequestrar a amante, Eliza Samudio, o jogador se entregou no final da tarde e irá aguardar pelas investigações bem longe dos gramados.

Além de desfalcar o time na retomada do Campeonato Brasileiro, a polêmica pode prejudicar a relação entre clube e empresas.

“Um caso como esse é extremamente negativo para a marca do Flamengo e, consequentemente, para os patrocinadores”, explica o consultor em marketing esportivo, Fábio Wolff, diretor da agência Wolff Sports & Marketing.

“O patrocinador associa a marca ao clube por causa da torcida, do esporte, pela popularidade do futebol, por ser algo que remete à saúde. Esses são conceitos que ele quer, e não páginas policiais”, completa.

No caso do Flamengo, essa não é a primeira situação desagradável que acontece nos últimos meses. Antes de Bruno, o atacante Vagner Love foi questionado pela relação com traficantes, bem como o ídolo Adriano, que teve de esclarecer a suposta doação de dinheiro a criminosos.

“Quando um clube de futebol tem um grupo formado por atletas não disciplinados, as empresas pensam duas vezes”, alerta Wolff. “Também é importante lembrar que isso pode acontecer a qualquer time, porque depende do comportamento dos jogadores”.

Para proteger as marcas de parceiros em situações similares, o consultor sugere a mesma atitude tomada pelo Flamengo: afastar o jogador problemático para não expor patrocinadores. Casos semelhantes ao do goleiro, contudo, são raros e dificilmente devem se tornar recorrentes, segundo o consultor.

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