O Campeonato Carioca de 2016 tinha tudo para ser um fiasco. Sem o Maracanã e o Engenhão, as acanhadas arenas do interior do Estado acumulam públicos pífios. Agora, está claro que a solução mora longe do Rio de Janeiro.
No último fim de semana, a situação foi bem exemplificada. No estádio Los Lários, em Duque de Caxias, o Botafogo fez partida para um público melancólico: menos de mil pagantes acompanharam o jogo contra o Madureira, o que gerou uma renda de apenas R$ 25 mil.
O Vasco, por outro lado, teve que sair do Estado. E, para enfrentar o Boavista, foi ao Espírito Santo, no estádio Kleber de Andrade. Lá, atuou diante de mais de 16 mil pagantes. Se fosse mandante, teria sido o maior público do time de São Januário no Campeonato Carioca.
Isso, claro, sem considerar o clássico da rodada, entre Flamengo e Fluminense. No estádio do Pacaembu, em São Paulo, mais de 28 mil torcedores pagaram para assistir ao jogo.
Hoje, dos cinco maiores públicos do Campeonato Carioca, quatro foram realizados fora do Estado fluminense. O melhor número, 32 mil pessoas para o clássico entre Fluminense e Flamengo, aconteceu em Brasília.
O fato acontece em um momento de embate entre alguns clubes e as federações locais. Flamengo e Fluminense lutaram para disputar a Primeira Liga paralelamente ao Estadual do Rio de Janeiro. O fracasso carioca de 2016, no entanto, não pode ser visto isoladamente.
Com o Maracanã e o Engenhão a história foi diferente em 2015. O Campeonato Carioca teve uma média 45% superior ao número do ano anterior. Na fase de classificação, Flamengo e Vasco jogaram para mais de 50 mil pessoas.