12h30. Arena Carioca 3. Os atendentes dos quiosques de alimentação do público anunciam para os torcedores que acabou a comida. Os 10 mil lugares do ginásio que recebia o início das competições de esgrima não estavam todos preenchidos. Mesmo assim, as filas para a compra de alimentos e bebidas eram grandes. E a quantidade, insuficiente.
Uma hora antes, no Maracanãzinho, os torcedores que haviam se deslocado para assistir aos primeiros duelos do vôlei feminino enfrentavam o mesmo problema. Pouca gente para atendimento no setor de catering, fim de produtos, demora de mais de 40 minutos para se comprar um refrigerante e funcionários despreparados para lidar com a situação.
No complexo de Deodoro, um torcedor chegou a receber um copo de cerveja depois de ter solicitado uma garrafa de água. Mas, como o local menos acúmulo de pessoas, esse foi o único transtorno enfrentado.
Os três relatos foram vivenciados pela reportagem da Máquina do Esporte no Rio de Janeiro, no início das competições dos Jogos Olímpicos. Assim como havia ocorrido na cerimônia de abertura, no noite anterior, a prestação de serviço ao público é o maior problema enfrentado pelo Rio neste início de competição.
O começo dos Jogos tem sido um teste de paciência ao torcedor. As filas acumuladas pela demora na revista das pessoas nas arenas e no Parque Olímpico já geraram muita reclamação nas redes sociais. Agora, o problema enfrentado é na alimentação.
Mais cedo, quando questionado sobre as longas filas na revista dos torcedores, o diretor de comunicação do Rio 2016, Mario Andrada, afirmou que os problemas estavam tentando ser solucionados. O executivo também pediu desculpas pelo transtorno causado aos espectadores.
“Gostaríamos de pedir desculpas a todos que tiveram que ficar nas filas, no sol. Precisamos melhorar essa parte dos Jogos. Informamos às autoridades e pedimos ao Rio 2016 para que melhore o acesso do público. Esperamos que na próxima hora tudo esteja resolvido. Esperamos que as pessoas não percam as competições. Temos de resolver isso nas próximas horas”, afirmou Andrada.
A situação é muito similar à ocorrida nos primeiros dias dos Jogos Pan-Americanos de 2007, também no Rio de Janeiro, e em algumas das primeiras partidas da Copa do Mundo. Nas duas vezes, rapidamente os problemas foram sanados, e a quantidade de reclamação dos torcedores reduziu sensivelmente.